FERRY - Uma questão de oportunidade


C iclicamente a questão da ligação ferry entre a Madeira e o território continental é notícia. A maioria das forças partidárias regionais entende a necessidade desta ligação marítima de passageiros e carga. A forma como se chega a esse desígnio é que varia. Há quem considere que a ligação se deve fazer, cabendo ao Estado custear esta operação, cumprindo o princípio constitucional da continuidade territorial.

Uma solução que coloca o ónus na República o que significa agendar para outras “calendas” esta importante via de comunicação para os portugueses das ilhas. Vão com certeza criar grupos de trabalho para o efeito e hão de chegar a conclusões passados um bom par de anos que, se nos aguentamos até aqui sem o ferry, não há necessidade de andar a “gastar dinheiro” com esta mania dos madeirenses. Afinal, são só meia dúzia que querem esta ligação marítima.

Outra solução mais prática, mais eficiente, é a de replicar a ligação que existiu outrora quando a empresa Naviera Armas operou entre 2008 e 2012, realizando a ligação Funchal – Portimão, movimentando passageiros e carga, garantindo uma continuidade territorial por via marítima nunca tentada ou realizada. Os reflexos na economia regional fizeram-se sentir principalmente na área dos frescos com a operação a garantir um abastecimento célere e previsível garantido uma cadeia de distribuição sem sobressaltos.

As empresas procuram oportunidade para realizarem os seus negócios, satisfazendo uma procura, realizando negócios e criando mais valias para a economia que servem e lucrando com isso, como é óbvio. A operação do Armas  baseou-se na oportunidade de passar ao largo da Madeira, a caminho de Espanha ou das Canárias. O desvio ao nosso arquipélago revelou-se interessante do ponto de vista do negócio. Havia procura para trazer produtos para a ilha a preços competitivos e os empresários locais também viram a oportunidade de colocar os seus bens e serviços de forma eficiente e a bom preço no território continental. Uma verdadeira revolução nos transportes. Só contrariada por interesses egoístas perfeitamente identificados.

A concretização de uma ligação ferry entre a Região e o território continental tem de ir ao encontro da empresa (ou empresas) que fazem as ligações semanais entre o território espanhol e as ilhas Canárias. A chamada diplomacia comercial entre Governos (da Madeira e de Canárias) de modo a estabelecer um protocolo de cooperação claro e objetivo, contemplando todas as nuances de um negócio que se quer que seja uma situação “win-win” para as partes envolvidas. É o que preconiza o JPP quando apresenta uma solução para trazer de volta a ligação marítima. Havendo entendimento entre as partes e sem entraves egoístas, os madeirenses poderão ver retomar esta ligação marítima que tanta falta faz. OPORTUNIDADE é a pedra de toque desta ligação marítima!

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