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A maioria votou Trump e também se enganou. |
A culinária da ignorância política.
A Madeira não precisa de um presidente. Não precisa de um político. O que a ilha precisa, sim, é de um bom cozinheiro e, aparentemente, temos o melhor. Não, não é uma ironia. É Miguel Albuquerque que, em vez de lidar com os problemas reais da região, está agora a dar-se ao luxo de fritar ovos e ensinar o povo a fazer quiche. Uma autêntica receita de marketing político, servida a ferver. Enquanto o povo está à deriva, ele vai lá, mete a mão na massa e serve-nos uma dose de distração como quem vai para a cozinha preparar um jantar de gala. Sabe, para "engodar" o povo.
Já não basta a mediocridade das suas políticas, agora é tudo uma grande encenação. A ideia que passa é simples: "Se não posso resolver nada, pelo menos faço o povo rir." Ah, mas não se enganem. Não é só um chef a entreter. Miguel Albuquerque está a mostrar como transformar a política numa enorme paródia. A crise que se agrava na saúde, na educação, na segurança social? Fica para depois, porque a verdadeira urgência aqui é ensinar o povo a fazer ovos mexidos com uma pitada de falsa esperança.
Recentemente, ele até se aventurou a partilhar uma "receita tipicamente madeirense", usando ingredientes como o doce de cereja do Jardim da Serra e o Pêro Calhau. Não foi só uma receita, foi uma mensagem. Um folhado com doce de cereja e pêras bêbadas acompanhado de Vinho Madeira Doce. Uma tentativa de mostrar que, enquanto o povo sofre, ele sabe cozinhar um prato que simboliza o que a Madeira tem de melhor. Claro, se a receita fosse realmente útil, talvez ele nos servisse algo mais do que açúcar e falsas promessas.
Quando o presidente se põe a cozinhar, o que ele realmente está a fazer é esconder a incompetência política com o brilho de uma frigideira. E quem é que está à mesa, à espera de uma refeição que nunca chega? O povo. Porque, no fim de tudo, o prato principal desta história não é uma quiche, é a completa falta de soluções para os problemas reais da Madeira. Estamos a ser alimentados com engodos e promessas vazias, enquanto os problemas continuam a ferver em lume brando.
O pior de tudo é que, como qualquer bom cozinheiro, ele vai misturando tudo. Fica tudo no mesmo prato: crise económica, falta de emprego, saúde pública em colapso e, claro, o espetáculo político para disfarçar tudo isso. E, claro, quem está alinhado com o sistema vai lá para a festa. O sistema que premia quem canta a melodia certa, sem nunca desafinar. E quem ousa desafiar ou ir contra a corrente? Esse fica à margem, a ver o show enquanto a sua fome é ignorada.
A Madeira tornou-se um grande buffet de mentiras, onde quem está no poder serve-se e dá migalhas aos outros. E quem não entra na roda, quem não dança conforme a música, é deixado a morrer de fome política. O governo de Miguel Albuquerque é a perfeita metáfora de um banquete de quinta categoria, aparentemente delicioso para quem está lá dentro, mas uma verdadeira digestão amarga para o resto da população.
No final das contas, não estamos à espera de um presidente que resolva problemas, estamos à espera de um palhaço que nos faça rir enquanto a casa pega fogo. Ou melhor, enquanto a frigideira esquenta e a política se torna cada vez mais uma piada de mau gosto. E o pior? Quem paga a conta são todos nós. Enquanto ele vai cozinhando, o povo vai-se afundando. Quem vai limpar a bagunça depois? Pois é, parece que a verdadeira receita do poder na Madeira é manter tudo em chamas até não restar nada para queimar.
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