N a qualidade de cidadão e jurista, manifesto a minha mais profunda preocupação perante a recente nomeação da Senhora Micaela Freitas para liderar a pasta da Saúde e Proteção Civil. Esta decisão, além de politicamente desastrosa, representa um atentado ao princípio da competência e à proteção dos interesses fundamentais da população.
É do conhecimento público que a referida nomeada revela completa impreparação técnica para as exigências do cargo. Limitando-se à leitura de comunicados preparados por terceiros, a sua atuação denota fragilidade intelectual e total desconhecimento das matérias sob sua responsabilidade. Tanto na saúde como na proteção civil, a ausência de liderança competente compromete vidas e destrói sistemas que já se encontram fragilizados.
Mais alarmante é o facto de se rodear de figuras igualmente alheias ao setor, como a Senhora S. V. e uma historiadora sem qualquer ligação técnica às áreas em causa. Parece seguir-se aqui um padrão, já habitual, de nomeações com base em relações pessoais e fidelidades políticas, em detrimento do mérito.
Não deixa de ser curioso, e revelador, que desta vez tenha sido esquecida a habitual presença da sua cunhada, que tantas vezes tem acompanhado este ciclo de destruição institucional. A omissão é estranha, pois, ao que tudo indica, o lema do Senhor Albuquerque continua firme: nomear para destruir, da mesma forma que destrói a dignidade do povo madeirense com a sua conduta política e pessoal.
A responsabilidade desta escolha recai inequivocamente sobre o arguido Senhor Albuquerque, cuja prática de governação tem sido marcada por abuso de poder, clientelismo e desrespeito pelas instituições democráticas.
É tempo de dizer basta. A Saúde e a Proteção Civil não são lugares para improviso nem para favores. São setores onde a vida humana está em jogo. Exige-se competência, ética e responsabilidade, três valores que parecem completamente ausentes nesta nomeação.
A sociedade civil, os profissionais do setor, as ordens e os órgãos de fiscalização devem erguer a voz. O silêncio é cúmplice. A Madeira e os madeirenses merecem muito mais.
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