Quase chegados ao fim e na iminência de novidades, vamos lá:
Quando era vice, a Cristina destacou-se mais pela falta de traquejo político do que outra coisa. Era uma carta fora do baralho, vinda do mundo empresarial, metida na causa pública, e notava-se. A casa da CMF é grande, complexa, e gerir aquilo com humanidade… bem, ficou a faltar. Mas olha, mal agarrou a presidência, depois da telenovela da saída do Calado, teve de andar com o barco a remar contra maré. Perdeu anos de vida, é certo, mas foi crescendo a olhos vistos. Ainda tropeça politicamente, mas tem vindo a conquistar o povo do Funchal com a imagem de mulher trabalhadora, rigorosa e longe dos esquemas do antecessor. Hoje por hoje, é a melhor aposta do PSD para o Funchal. E todos sabem disso (sobretudo a oposição).
Responsável por tudo o que mexe (ou devia mexer) na cidade. Já se sabia que era bom de conversa, discurso afinado, ar diplomático, sabe estar em qualquer mesa de queijo e vinho… mas fazer mesmo, fazer? É como água no cesto. Promete muito, entrega pouco. Se houvesse prémio para a ineficiência com charme, ganhava de olhos fechados. Um político daqueles à antiga: diz o que o povo quer ouvir, sorri para a câmara, mas depois foge do serviço como o diabo da cruz.
O João fez história. Rebentou com tudo o que lhe passou pelas mãos, por dentro e por fora. Escolheu as piores chefias que se lembram por aqueles lados. Transformou serviços inteiros em autênticas zonas de guerra. Assédio, má educação, destratar os munícipes, parecia tirado de um manual de como NÃO gerir uma câmara. Sempre ao serviço dos grandes interesses, o homem é uma mistura de narcisista com psicopata de telenovela. Resultado? Não ganha votos, só faz perder. Um buraco negro de reputação.
A Helena é aquela que está sempre na fotografia. De preferência ao lado do presidente. Tem pelouros importantes, mas faltou visão política e sobrou Louis Vuitton. Melhorou a oratória (que antes nem dava para ouvir), mas quanto ao resto… ficou a faltar muita coisa. Se se concentrasse em uma ou duas áreas, talvez desse conta do recado. Assim, deixa como legado uma lista de amigos (novos chefões na CMF) com tachos não desaproveitados. E prontos, mais nada.
Entrou em 2024, mesmo no meio da maior rebaldaria política que a CMF já viu nos últimos tempos. Apanharam-na a pensar que era só cobre, mas saiu ouro. Com pelouros técnicos e minados, mostrou que sabia ao que vinha. Regularizou dossiês esquecidos há séculos, daqueles que já tinham teias de aranha. Não sendo política de gema, mostrou-se eficaz, competente e sem manias. Uma das surpresas mais agradáveis do mandato.
E aquela outra…?
Nunca ninguém se lembra do nome dela, tal é o apagamento. Uma espécie de figurante da política local. Recolhe o lixo, rega as plantas e pronto. Está lá. Não incomoda (a não ser aos seus trabalhadores), mas também não brilha. Cinzenta como um dia de nevoeiro no Monte.
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