P ela primeira vez escrevo aqui porque entendo que este tempo assim o exige. Na qualidade de militante do PSD-Madeira há vários anos, confesso que fiquei de fora das últimas quizilas políticas por desinteresse em me chatear. Parabenizo a vitória de Albuquerque e reconheço que está a conseguir de alguma forma unir o partido nestes últimos tempos.
Esta cordialidade não poderá, sob pena de se comprometer a democracia interna como por diversas ocasiões se fez, confundir com o absurdo parasitismo do diz que sim acrítico. Não poderá também significar que não há espaço para discutir o futuro do partido no pós-Albuquerque e que devemos ser parte de um grande rebanho. Não admito a possibilidade de um quarto mandato porque seria um arrastar indigno para um figura política que tem o seu mérito. Saber sair é uma virtude que nem todos têm, espero que Miguel Albuquerque a tenha.
Nesse campo, revolta-me que se deixe para trás uma das mais proeminentes figuras da política regional. Faço um apelo ao Dr. Bruno Pereira para que comece a ponderar em se apresentar como candidato a suceder Miguel Albuquerque, terá com certeza o apoio de muitos militantes, e se para já for colocado de parte para a Câmara Municipal do Funchal, porque não avançar com uma candidatura independente? Talvez não seja aquela figura que melhor responde a certos interesses do partido, mas é uma figura de unanimidade em várias alas, de aceitação elevada do eleitorado e que pode suscitar um espírito de reforma interna que é necessária em qualquer final de ciclo político.
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