Doidos ao poder!


S e não fosse a destruição do ocidente, o que se está a passar na América é um entretenimento que o Cunha ainda não descobriu para entreter a malta. O "Pato Donald", celebrar o seu 79.º aniversário, quer um desfile militar digno de um blockbuster de Hollywood ou de uma superprodução de Pyongyang.

Condenaram Joe Biden por esquecer onde pôs os óculos, ou arrancar travado no debate, mas agora têm um presidente que quer tanques nas ruas como prenda de aniversário, e não é um menino de cinco anos, é o maior manda-chuva e de armas do planeta, o “avô patriota” do Ocidente. Enquanto Biden tropeçava nas palavras, Trump tropeça no bom senso: entre discursos que soam a reality show e planos que parecem saídos de um delírio de Reagan com saudades da Guerra Fria, o octogenário de cabelo laranja vai arrasando, mas é difícil perceber se é nas sondagens ou nos manuais de democracia.

O evento, agendado para 14 de junho, coincidirá com os 250 anos do Exército dos EUA e promete ser o "maior e mais belo desfile militar da nossa história. Com cerca de 6.600 soldados, 150 veículos blindados, 50 helicópteros e sete bandas marciais, o desfile percorrerá Washington D.C., transformando a capital num cenário que mistura o Dia da Independência com um episódio de "O Aprendiz" versão bélica .

A escolha da data não é coincidência: 14 de junho é tradicionalmente o Dia da Bandeira nos EUA, mas este ano parece que será rebatizado como “Trump Day”. O desfile lembra os regimes autoritários, como os da Rússia, China ou Coreia do Norte.

A realização de um desfile militar nos EUA, país que historicamente evita tais demonstrações de força interna, é vista por muitos como uma ironia. Enquanto Trump afirma querer homenagear os militares, críticos sugerem que o verdadeiro objetivo é alimentar o seu próprio ego.

Bom, agora, depois do Tony Carreira no São Bento em família falta uma parada militar com o que temos, na residência oficial do primeiro-ministro, o "bazuca em família". Uma parada militar encher o ego de quem vê os russos a brincar nas águas tugas e nem 2% do PIB tem para defender o que é nosso. Nem mesmo em campanha se falam. São Bento é o padroeiro da Europa é por velinhas por novo pacote de medidas de estímulo militar financiado pela Europa, como gostam no nosso país. São Bento também diz alguma coisa aos arquitetos, invocado para evitar sequestros, assaltos e brigas em família, principalmente provocados em função do alcoolismo. 

Se calhar Trump é só um bêbado de longa duração. E na Madeira? Para quando a parada dos assessores, jornalistas e lambe-botas, é a armada da nossa política. Pensando bem, se podemos fazer um cortejo sem flores também podemos fazer uma parada sem armas.

Só por estes dias soubemos que Albuquerque e Montenegro são transacionais como Trump. Farinha do mesmo saco, uns com armas, outros sem elas.

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