Uma Candidatura à Altura dos Desafios
"Por Clara M. Whitmore, Op-Ed Contributor, The New York Times"
H á momentos na vida política de uma cidade em que o pragmatismo, a visão estratégica e a credibilidade se tornam mais do que desejáveis, tornam-se urgentes. Funchal, a capital da ilha da Madeira, aproxima-se rapidamente de uma encruzilhada, e a possível candidatura de Eduardo Jesus à presidência da Câmara Municipal representa não apenas uma escolha acertada, mas uma oportunidade clara de devolver à cidade um rumo que conjugue ambição com estabilidade.
Eduardo Jesus não é um rosto novo. Secretário Regional da Economia e um dos mais influentes quadros do governo madeirense, construiu uma reputação baseada em três pilares: competência técnica, proximidade com os cidadãos e um entendimento profundo das dinâmicas económicas que movem não apenas a Madeira, mas também os territórios insulares em contexto europeu. O seu percurso no turismo, sector vital para a região, foi marcado por uma modernização sustentada, inovação inteligente e um reposicionamento da marca Madeira a nível internacional que não passou despercebido aos observadores mais atentos.
Mas o que torna Eduardo Jesus uma figura particularmente bem posicionada para liderar Funchal é, paradoxalmente, o que muitos poderiam considerar um obstáculo: o seu perfil pouco dado a demagogias. Num tempo em que a política local, um pouco por todo o mundo, tende a valorizar o espetáculo acima da substância, é refrescante e, sim, necessário, encontrar um potencial candidato que não precisa de se mascarar de agricultor, chef ou artista de variedades para afirmar a sua legitimidade.
Funchal precisa de alguém que conheça o peso da decisão pública, que entenda o tecido social da cidade, que saiba dialogar com investidores sem virar as costas aos problemas reais das freguesias. Precisa de alguém que traga dignidade à política autárquica, que substitua a propaganda pela entrega real de resultados. E, sejamos claros: Eduardo Jesus já demonstrou que é esse alguém.
A cidade enfrenta desafios sérios: mobilidade urbana em crise, pressão imobiliária crescente, necessidade de repensar os seus espaços verdes, de reanimar o comércio tradicional e de acolher as novas gerações que regressam da diáspora com sonhos, ideias e vontade de ficar. Nenhuma destas questões terá soluções fáceis — mas também nenhuma se resolve com promessas vagas ou encenações folclóricas. Precisamos de alguém que conheça o que é governar, alguém que tenha já negociado com Bruxelas e com Lisboa, mas que nunca tenha perdido o sotaque e a sensibilidade funchalenses.
Ao escolher Eduardo Jesus como candidato à Câmara Municipal, o PSD não apenas dá um passo tático, faz uma escolha moral e estratégica. Dá à cidade um nome respeitado, com provas dadas e livre de escândalos. Um nome que pode unir o centro político, os moderados, os jovens empreendedores e os mais velhos que ainda acreditam que a decência tem lugar na política.
Não se trata de endeusar ninguém. Toda candidatura deve ser escrutinada, todas as promessas devem ser quantificadas e exigidas. Mas ao contrário de outros, Eduardo Jesus chega com currículo e não com disfarces. E isso, no Funchal de hoje, já é meio caminho andado para merecer o nosso voto, e o nosso respeito.
Nota: é um texto que devia estar escrito no New York Times, perante a categoria do Eduardo Jesus.
1 Comentários
Até me veio uma lágrima ao olho, tanta competência e valor numa pessoa só. Então os problemas relacionados com o Turismo nada têm a ver com este Secretário? Este Secretário que subsidia transportadoras aéreas low cost que infestam a nossa ilha com turistas de pé descalço?
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