E assim, mais uma vez na terra dos "caga de saco", depois do apagão do continente e do heroísmo da Madeira que, sendo uma ilha isolada que só conta com meios próprios, transformou-se um forte handicap numa ilha de autossuficiência. Como sempre, pela mão do destino ou da natureza, algo que nos é superior estraga o "tudo controlado" de uma espécie abjeta que alimenta o povo superior com idiotice.
Uma humilde trovoada enfrentou o colosso do império dos "caga de saco", provocou uma avaria no posto de transformação do Lombo Brasil, tendo danificado o transformador com uma descarga elétrica. Agora é imaginar o tempo em que a Empresa de Eletricidade da Madeira deslocou um novo transformador para o local, para normalizar o fornecimento de energia naquele sítio. Não passaram tantas horas como o apagão ibérico, na Madeira foi da madrugada até ao início da tarde, mas o problema também não foi da dimensão da Península. Tempo por tempo, problema por problema, avaliem...
Quando esta gente cheia de si, que tem um povo especialmente alheado por estratégia, a comunicação social que só diz o que eles querem (e aí não fazem fact-check), embutidos numa estratégia dos maiores do mundo que implementam feito e copiam... caem na realidade, é só justificações e omissões. Afinal havia uma parte fraca...
Disseram-nos, com ar solene e peito cheio de confiança, que a Madeira era uma ilha abençoada pela autossuficiência energética. Enquanto os continentais tremiam ao som da palavra "apagão", nós cá em cima dos nossos penhascos, seguros pela clarividência da EEM e do infalível Miguel Albuquerque, podíamos rir do continente às escuras. A Península que se "desemerdasse", aqui não faltava energia, muito menos arrogância.
Mas eis que a trovoada, essa traidora do céu, teve a ousadia de demonstrar que a natureza não lê os comunicados da EEM. Um relâmpago atrevido queimou um humilde Posto de Transformação, e pronto: parte da ilha voltou ao tempo das velas, dos rádios a pilhas e do acender de lanternas com o telemóvel. Horas às escuras, e não foi por amor à economia de energia. Enquanto os clientes esperavam uma explicação, a resposta da EEM parecia ser: “Ah, mas pelo menos não foi culpa do continente!”
Afinal, ser uma ilha isolada e dependente de si própria pode ser uma vantagem... desde que não chova, não troveje e o sistema funcione por milagre, tipo barragem do Pico da Urze. Mas milagres, como a luz da EEM em noite de trovoada, parecem escassos ultimamente.
Na noite passada, uma trovoada atingiu a região do Lombo Brasil, resultando na destruição de um posto de transformação da Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM). O incidente causou um apagão que deixou vários clientes sem eletricidade durante horas. Este evento contrasta com as declarações anteriores do administrador da EEM e do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que afirmaram que a Madeira, por ser uma ilha autossuficiente, não seria afetada por apagões como os que ocorrem na Península Ibérica... esqueceram de dizer "como na Venezuela" para alimentar outros egos.
A situação destaca a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica da ilha a fenómenos naturais, como trovoadas, e levanta questões sobre a resiliência do sistema elétrico regional. Ou não?
Eu não teria escrito este texto se não estivesse farto de "caga de sacos", porque teria sido um infortúnio provocado pela natureza, mas para a arrogância que vejo na Madeira não há perdão. Farto de seres superiores da treta.
Uma ilha é um isolamento. Sendo pequena, agrava-se. Sem sentido crítico piora ainda mais.
P.S.: Madeira Opina, não são estes que fizeram um "apagão" ao vosso site na sua rede?
MO: sim.
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.