Se queres te precaver, trabalha o analógico.


E fez-se "luz" a manivela.

Olá plataforma, grande resposta, mantenham-se firmes.

M eu texto começa debaixo do chuveiro com a porta da casa de banho entreaberta para ouvir as notícias com o volume da TV alta, quando interessa fecho a água para ouvir melhor, deve ser o cúmulo da conectividade. Hoje fechei a água com mais um apagão, em Cannes, dizem que por "ato malicioso", coincidência, foi para apagar o cinema com um iraniano ocidentalizado a vencer?

Já pensaram no que desliga sem eletricidade? Até os mais autónomos com bateria depois têm que ir a carregar. Certo? Portanto, nesta era digital, se queres te precaver, trabalha o analógico, tem uma lanterna a manivela. Temos uma reflexão urgente a fazer, a fragilidade da nossa modernidade enfrenta algo tão simples quanto um corte de energia. Mais cedo ou mais tarde vais ter que "carregar".

Portanto, a memória está nas nuvens, a comunicação depende de servidores, a produção depende de algoritmos, o pensamento está mediado por plataformas (olá Madeira Opina, com a ganinha que anda aí ainda vos desligam da ficha), ... moral da história, o analógico torna-se uma forma de resiliência! O PRR repasto das elites (como subsídios sociais de mobilidade para ricos que podem adiantar) nunca pensou nisto?!

O digital é poderoso, mas tem fragilidades. Porque funciona, vivemos sob a ilusão de permanência. A eternidade é ligada à corrente, os arquivos na nuvem, bibliotecas digitais, bancos de dados globais, mas a infraestrutura que sustenta isso tudo é física, finita, falível, mesmo com energias renováveis provindas da força da natureza.

No recente apagão no continente e Espanha, o apagão elétrico paralisou as cidades, larga parte dos países. Um ataque ataque cibernético desliga bancos, hospitais, governos, os hackers estão ligados à corrente. Uma crise global de chips pode travar todas as cadeia produtivas, e usam energia. A dependência absoluta do digital cria um ponto único de falha: energia, mais cedo ou mais tarde. Que não me apareça uma invenção de "plutónio em casa". As mordias nucleares.

O analógico funciona como de continuidade, uma pergunta, quando os bananas da informática do Governo permitiram o roubo e apagão dos nossos dados no SESARAM, o que foi que os médicos pediram? Se tínhamos os dados em papel. Alguém aprendeu? Não! Tudo ficou pior. Parece a cena do pós Covid, a sociedade ficou mais selvagem.

Trabalhar o analógico é preservar formas de existência e resiliência, que resistem ao colapso do digital! Não deite fora! Os livros impressos guardam o saber fora das redes. Cadernos, lápis, canetas mantêm o pensamento independente de baterias. Instrumentos manuais, rádios a manivela, mapas em papel, tudo isso é sobrevivência em tempos de crise. O tal kit da UE, mas falo mais além. O analógico não é atraso. É reserva estratégica! É a redundância necessária para não sermos engolidos pela própria sofisticação.

Agora reparem noutro pormenor, sentem-se, o analógico ainda é soberano! Investir no analógico é também investir na autonomia do humano.

Agora vou ser psicopata, com um apagão deixa de haver ricos e pobres, ninguém paga! Não se trata de rejeitar o digital, mas de reconhecer seus limites e construir lastros fora dele. Pensem num iate, que tem velas mesmo com motor, a vida precisa do analógico para continuar quando o digital falha.

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