O Diário de Notícias, de hoje, traz em primeira página a perda pela RTP-M da autonomia integral da emissão a partir da Madeira, ou seja, as régies passam a ser remotas a partir de Lisboa, decidem que imagens serão escolhidas para sair, por exemplo em diretos. Por mais possível que seja tecnicamente, Lisboa não tem conhecimentos das pessoas e da realidade regional para aproveitar tecnicamente essa gestão. Se é tão bom, a RTP Nacional que entregue essa gestão a privados ou a outro país.
Mas curiosamente, o Diário de Notícias em vez de falar diretamente com o funcionários da RTP-M, ou até com aquele seu Presidente Regional eterno e nulo, já politizou a questão com a sua toupeira predileta no "PSD". E se tinha que perguntar a partidos porque não foi aos líderes dos partidos Regionais? Simples, é uma atitude que se insere no "apagamento" seletivo da atividade dos partidos regionais para os caraterizarem de inativos e distraídos.
Desta forma, colocam-se duas questões, porque é que a RTP-M foi hostilizada desta forma? Por ser uma estação justamente partidarizada e ter falta de popularidade por isso? É da inação das cúpulas da estação regional que se aburguesaram e levam todos os meses um chorudo vencimento?
Por outro lado, hoje o DN-M apresenta em 4 páginas, de letras e números microscópicos, as suas contas, obrigados por lei. É só poupança de espaço por algo somenos ou porque pode haver leitura da sua dependência financeira que gerou um jornal dócil e complacente com o poder? O profuso de festas, eventos e desporto, que ignora os problemas internacionais que nos podem afetar e que foge do filão de notícias que existe na Madeira, ocupando os espaços com a bajulação de agenda devido ao subsídio do GR. O DN-M não será uma RTP-M em momento mais atrasado? As pessoas fazem a casa e é do seu trabalho e idoneidade que, em raras ocasiões, esse respeito deve ser usado. Coisa que não acontece na RTP-M que, ainda por cima, paga por Lisboa, tinha toda a liberdade para fazer jornalismo de primeira em vez de ter terrorismo partidário, programas de lavagem da cara do poder, o implementador de narrativas. Em ambos os casos, escolhem sempre as mesmas pessoas homologadas para o objetivo a atingir, como o deputado do "PSD" eleito em Setúbal pelo PS.
O DN-M não faz como o o Madeira Opina, Assunto-Cargo-Pessoa, politiza imediatamente e a população nem sabe a razão concreta, o que muda, o que se extingue, porque é grave? deixaram de fazer as perguntas essenciais para compor uma notícia, é propaganda. Já anda a usar o caso para atribuir notoriedade política a uma toupeira do seu interesse. Não me parece que o DN-M tenha atitude sincera para ajudar os "irmãos das notícias", mas de se aproveitar deles.
Andam todos arrogantes, em soberba e insolentes, mas tal como as rusgas entraram por aqui dentro e alteraram o "tudo controlado", o que o jornalismo está a fazer nesta terra, cria a clara noção de que vão a enterrar com a política. Jornalismo é estar de parte a dar as notícias sem optar pelas contendas e assim está-se sempre imaculado.
E agora, porque não se vê um movimento de apoio à RTP-M, porque o jornalismo está a fazer a cama onde se vai deitar, uma parte é a indiferença das pessoas a quem todos os dias tentam condicionar, mentalizar e embrutecer.
A plataforma do Madeira Opina tem algo pernicioso, poderá ter razão durante longa vida, onde se explica as coisas, contudo as pessoas estão mais interessadas em Pão e Circo, mas, num dia de "desastre", se calhar vão a pesquisar e tudo foi dito durante anos para consciencializar as pessoas aparece. O que o DN-M e a RTP-M desvalorizaram, surgirá de enxurrada.
Cuidado com as narrativas, podem pensar que têm sucesso pelo resultado das eleições, o problema é que mata o jornalismo. Ainda assim, quem ganhou as últimas regionais não foi a comunicação social, foi Jaime Ramos a acordar a máquina antiga, foi o apoio final de Manuel António Correia ao Miguel Albuquerque e muitas ameaças, assédios e perseguições. Neste momento, o PSD já topou que a comunicação social da Madeira está queimada, e até lhes copia notícias para preencher uma participação nas redes sociais,. A comunicação social sabe desta concorrência clandestina de notícias, mas não pode enfrentar, tal como faz com aqueles grupos do Whatsapp que partilham as edições de revistas e jornais. O que me leva a dizer que se resignaram e gozam enquanto dura. O PSD também terá o monopólio das notícias sem interposição de pessoas nem gastar dinheiro.
Se a RTP-M, neste momento, tivesse uma cara limpa, toda a gente, partidos e população fariam um uníssono em seu favor, agora é pedir ao "Dossier de Imprensa" que faça algo. Que os restantes, mesmo que privados, comecem a pensar que faltando o dinheiro não têm idoneidade para vender com sucesso o produto... que deixaram de ter. Agora só páginas a metro. Há sucessos que trabalham a derrota final.
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