Coloquem um Terço à porta.


E sta manhã houve uma fuga de amoníaco na Empresa de Cervejas da Madeira. O gás é amplamente utilizado na indústria para refrigeração e como produto de limpeza. Apesar de ninguém desenvolver o assunto, a evacuação deixa notar que tem implicações extremamente graves para a segurança, a saúde humana e o ambiente.

Todo risco é importante não desvalorizar, há um em particular que me fez pensar ao ver uma imagem. Embora não seja altamente inflamável em condições normais, o amoníaco pode formar misturas explosivas com o ar em concentrações entre 15% e 28% em volume.

Se olharmos para a proximidade, está a Central da Vitória (produção de energia), para o amoníaco se inflamar precisa de uma fonte de ignição, pode ser chamas abertas, faíscas elétricas, descargas eléctricas (até relâmpago), como também superfícies quentes. A explosão é violenta, causando danos estruturais significativos e colocando vidas em risco. Portanto, este risco é especialmente elevado em ambientes onde há outros combustíveis, como gás natural ou gasóleo, ou onde as fontes de ignição são abundantes, como numa central de energia.

Quanto ao ser humano, a amónia é um gás altamente tóxico, corrosivo e irritante. A gravidade dos efeitos na saúde depende da concentração do gás no ar e do tempo de exposição. Mesmo baixas concentrações pode causar irritação severa do nariz, garganta e pulmões, tosse, espirros e dificuldades respiratórias. Em maiores concentrações pode levar a queimaduras químicas nas vias respiratórias, edema pulmonar (acumulação de líquido nos pulmões, que pode ser fatal), bronquiolite obliterante (inflamação e obstrução das pequenas vias aéreas) e, em casos extremos, asfixia e morte. Nos olhos, provoca irritação e o lacrimejar, em baixas concentrações. Podia, mas não quero me alongar mais.

O que quero deixar claro é que o PEZO é um barril de pólvora, o gás natural chega de camião cisterna a beira-mar, em vez de vir por navio e descarregar por pontão. Depois temos a Central da Vitória e em seguida o amoníaco da ECM.

Confiamos mesmo na sorte e não acreditamos no efeito de contágio se acontecer algo numa das 3 empresas. Os automobilistas crentes costumam colocar um Terço no retrovisor, se calhar estas empresas deveriam colocar o seu Terço à porta. E não sabemos se existem mais "poços de petróleo" por lá... como já encontraram, mas tanques à vista existem.

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