Concursos da UMa, a sombra do atraso e a escuridão dos bastidores.


E m 21 de junho de 2024, terminou o prazo de admissão de candidaturas para um Concurso documental interno de promoção para preenchimento de duas vagas de Professor Associado no Departamento de Engenharia Informática e Design de Média Interativos da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia da Universidade da Madeira.

Foram admitidos três candidatos, conforme consta de uma lista publicada em 17 de setembro de 2024. Depois desta data, nada. Até hoje ninguém sabe o que se passou e está quase a fazer um ano!

Já, por diversas vezes, esta plataforma de opinião publicou artigos sobre os atrasos dos concursos da Universidade da Madeira. O que é uma situação insólita nas universidades portuguesas.

Os últimos concursos que avançaram devem-se à mudança do presidente dos júris. O Reitor era o presidente de todos, mas, por razões obscuras, o procedimento concursal nunca mais tinha desfecho. A decisão final era sempre adiada. Agora, o Reitor tem sido substituído por outros professores catedráticos e as vagas vão sendo atribuídas.

Foi assim com o Concurso documental interno de promoção, para preenchimento de uma vaga de professor catedrático, no Departamento de Ciências da Educação da Faculdade de Ciências Sociais, já atribuído à prof.ª Liliana Rodrigues, nove meses depois da entrega das candidaturas de apenas dois professores! Mudou o presidente de júri e a vaga foi atribuída.

No Concurso documental interno de promoção, para preenchimento de três vagas de Professor Associado, no Departamento de Engenharia Civil e Geologia da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia, da UMa, aconteceu algo semelhante. Mudou o presidente de júri e as vagas foram atribuídas, onze meses depois das candidaturas.

Dá a impressão de que há concursos onde o atual Reitor vê situações complexas (para ele!) e afasta-se do júri, fazendo passar a responsabilidade para outro presidente que ele nomeia ‘in extremis’. Assim sempre poderá dizer: “não estava lá, não tenho nada a ver com isso”.

Vejam se não temos razões para suspeitar. No caso do Concurso documental interno de promoção, para preenchimento de uma vaga de professor catedrático, no Departamento de Ciências da Educação, a candidata vencedora e a UMa têm um processo em curso no Tribunal Administrativo sobre alegadas irregularidades no concurso para a categoria anterior, o que poderá levar à anulação do mesmo. Talvez interessasse protelar a ver se a Justiça decidia. Mas concluíram que o tempo dos Tribunais é marcado por outro relógio.

No Concurso documental interno de promoção, para preenchimento de três vagas de Professor Associado, no Departamento de Engenharia Civil e Geologia da Faculdade de Ciências Exatas e da Engenharia, Susana Prada, na Lista unitária provisória de ordenação final de candidatos, datada de 23 de maio de 2025, ficou em terceiro lugar, o que lhe garantia a vaga. Todavia na Lista de aprovação em mérito absoluto dos candidatos admitidos ao concurso, a lista definitiva, ela passou para quinto lugar e, nessa posição, já não obteve a vaga.

Isto são só observações, mas como não há coincidências, somos obrigados a pensar que há “gato escondido com o rabo de fora”.

Para saber mais, consultar: https://www.uma.pt/sobre/servicos-administrativos/unidade-de-recursos-humanos-urh/procedimentos

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