O ódio visceral do PSD passou para uma parte dos jornalistas amestrados do partido, na TV e num Diário, impregnados também de comentadores que trabalham para o sucesso eleitoral do partido, o que lhes garante proximidade com o poder e benesses, se solicitados, pessoais e para a família. É interessante como alguns jornalistas denunciam quem meteu a cunha, outros mais inteligentes mandam os "mancebos" fazer o trabalhinho para serem anónimos.
O ódio visceral nasce da fiscalização, é incómodo, inconveniente e nada habitual que um partido faça oposição na Madeira, é como se o jornalismo na Madeira fizesse jornalismo de investigação. É inconveniente que terceiras partes façam a análise das ações do JPP com "verdadeiro" em Polígrafos, com papelinhos sacados a ferros nos tribunais, obstaculizados com o pagamento de "joias" como as contas do despesista da ALRAM, arrebatando assim os votos, porque em consonância com aquilo que o eleitorado livre sente, vê e passa. Se elegeram mais deputados vão "chatear" mais.
Tenta-se, como sempre, meter o ódio visceral pela perseguição jornalística dos que erram vezes sem conta na ERC, outra terceira parte independente. Mas também do coro de gente menor que está presa por benesses e, se perder esta forma de estar, não ganharão ao mérito. O sistema, as elites, os monopólios, a máfia no bom sentido não vence se alterarem as condições de controlo montadas durante 50 anos pelo poder... sempre vigente nesta Autonomia em cacos. O sim ou o não, não pode sair de quem controla a Madeira, porque perde, que o diga o Canha. Por algum artifício, o acusador com razão perde sempre, ao ponto de desmoralizar quem tem total razão. Aliás estas últimas Regionais desmoralizaram muitos, o PS é sistema e não luta a não ser pelos seus lugares cativos, o PSD cresceu, dizem ter recuperado os seus votantes à força, ainda assim curto para maioria absoluta.
O ódio visceral e perseguições recaem também em militantes do próprio partido do poder, desunido pelas interpretações, mas condicionados pela lealdade ou rabos de palha. Quem diz que já basta de realidade alternativa, porque está a destruir a Madeira, normalmente desaparece do mapa como muitos na oposição. O blackout é tal que longe da vista, longe do coração, mas sobretudo da existência.
O PSD tem um ódio visceral sobre quem luta contra a implementação do bloqueio da democracia, da separação dos poderes e do mérito para manter um circuito fechado de beneficiários. O PSD está a levar a cabo uma limpeza étnica ao madeirense, primeiro porque não governa para ele (já era tempo de acordarem), pelos rendimentos reduz todos à pobreza envergonhada que nem acede a apoios e assim, o PSD cala e mete medo, porque a situação pode migrar para pior se alguém se indignar. É neste quadro que vamos desaparecendo, morre mais do que nasce, emigra-se e ganha-se raízes noutros lugares, deixamos de pertencer a identidade regional/nacional, comemorada hoje no 10 de junho. O madeirense desaparece desconsiderado pelo seu governo, por troca com ricos (ou melhores rendimentos) que mais uma vez manipulam a realidade estatística da região, promovem as trocas comerciais, mas aumentam os preços e alimentam a bolha imobiliária. É assim que um madeirense, na sua terra e sem expectativas, deseja um mal a ela própria para ver se limpa, talvez uma crise tão avassaladora como as rusgas judiciais ou Covid.
A espera mortifica, a esperança de vida encurta e nunca vemos a luz do bem estar quando toda a qualidade de vida desaparece. Perdemos a identidade e os lugares abalroados por gente de fora. É assim que nasce o instinto destruidor de votar no Chega. A história do continente chega atrasada à Região, mas chega pelos imigrantes, pelo turismo avassalador, os especuladores e os fugidos das suas naturalidades, os que tentam implementar os seus ambientes na região em vez de se integrarem. Estava mau. fugiram para melhor, mas são saudosistas do esquema que destrói o mérito e respeita a lei. São tipo uma nova máfia no bom sentido que quer criar uma nova capa sobre a que já existe e, o madeirense, vai ficando cada vez mais coberto no fundo do poço.
Ao contrário do que possam pensar, não sou sequer simpatizante do JPP, já votei uma vez no Chega depois de abstencionista, consciente de tudo o que representa, a ideia é clara, destruir o sistema que me destrói, que não me liga nenhuma, destruir esta classe governante que destrói a democracia e cria revoltados a votar no Chega. Pescadinha com rabo na boca. O combate aos que destroem a verdade, o mérito, a decência e cada vez mais criam a caquistocracia e a injustiça.
É assim que posso dizer que quem vota Chega acaba por achar o JPP tão inconveniente como o PSD acha, por razões diferentes. O PSD não quer que se desmonte o enriquecimento de meia dúzia e seus apaniguados, pelo Chega porque é o competidor que, na Madeira, não deixa crescer o Chega e que ainda está a jogar no tabuleiro do sistema na democracia, a tal ditadura camuflada que não deixa os cidadãos viverem. Eu não me alimento de pão, circo e medo.
Quando o JPP desaparecer, o Chega cresce "visceralmente" como no continente. Por isso tantos a trabalhar para o mesmo, mas para resultados diferentes.
Nota para o Madeira Opina: façam uma área popularucha para os anestesiados do entretenimento.
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