DN obrigado a publicar DIREITO DE RESPOSTA de Élvio Sousa

Não há hacker ou problema informático que dê cabo dos "papelinhos".

Notícia é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade - William Randolph Hearst magnata dos media

T odos conhecemos a expressão “engolir sapos vivos” como forma de exprimir algum desconforto perante uma situação em que temos de fazer algo que não nos agrada. Todos em algum momento da vida já passamos por isso. Adiante…

O jornalismo é, devia ser, a “pedra no sapato” do poder, aquela areia que está ali a moer, que nos altera até o modo de andar. Numa sociedade plural, os mais poderosos têm de estar necessariamente sob um escrutínio maior. Nem que seja para nos dar a ilusão da democracia, a ilusão de que os ricos também têm de prestar contas à sociedade. Sabemos bem que atualmente essa é uma falácia, quando por detrás dos media estão grupo empresariais que, naquilo que “chega a dentro” vão impor a narrativa dos factos que lhes interessa.

Élvio Sousa é a “pedra no sapato” de alguns interesses instalados na nossa Região. Obstinadamente tem trazido à luz do dia os monopólios “naturais” que existem na Região e que explicam que apesar dos recordes na economia, o cabaz de compras do comum dos madeirenses mirra. Como dizia José Mário Branco em FMI “antes no talho que na farmácia”. 

O Direito de Resposta sonegado pelo DN durante dois anos, saiu finalmente nas páginas que o negaram. A questão tinha a ver com o gás doméstico, a diferença de valores entre Açores e Madeira, que ainda persiste, e o monopólio do gás pela CLCM no qual Luís Miguel de Sousa é o Presidente do Conselho de Administração e onde também são sócios Avelino Agrela e Jaime Ramos pai. O DN do Grupo Sousa, porque ainda há o DN do jornalismo sério, veio logo a terreno contestar as teses do JPP com um fact check que devia envergonhar o jornalista que o assinou. Vender a alma no altar dos interesses do patrão.

A Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) determinou. O Direito de Resposta tinha de ser publicado. E foi! Não foi a primeira vez que tal aconteceu e não deverá ser a última pelo timbre de Élvio Sousa. Sempre que estiver em causa a desinformação, a adulteração de factos, há de chegar a outra versão da narrativa. Nem que seja necessário recorrer à ERC! Que a tua voz não se cale Élvio Sousa!