Fé-in


A pesar de ter havido um padre que apoiava o esburacar da Praça do Município para um estacionamento, em profundidade, inconsciente dos danos que poderiam ocorrer em edifícios do interesse da própria igreja, felizmente está oficialmente inscrito Praça do Município e não Largo do Colégio.

Muitas bocas se atiraram sobre o eventual interesse na despesa pública (do estacionamento) por causa de um edifício que um monopolista detém na Rua dos Ferreiros e que queria transformar em... mais um hotel. Quando a Igreja se manifestou em favor da obra, todos associamos à proximidade desta ao poder e aos benefícios que recebe em obras... E, se afinal, tinha o mesmo interesse do monopolista por estacionamentos e, ao fim ao cabo, seria mais uma obra pública a infraestruturar os interesses privados?

Sou católico não praticante, porque não concordo com muitas coisas que se passam na igreja desta região, vive na mesma soberba do poder: quero, posso e mando. Não gosto das exceções porque não conferem bons exemplos à população. O que faz de mim um mau condutor, mau católico e desrespeitador do espaço público se depois posso bater mão no peito para o perdão? Se estacionar fora da hora da missa, aí a Polícia não fecha os olhos? Esta situação é "tradição". Posso criar a minha própria tradição?

Agora que vamos para Eleições Autárquicas, seria boa ideia debater a necessidade de haver uma rampa para que os crentes possam estacionar o carro dentro da Igreja do Colégio, ou talvez fazer um "fé-in" como se fosse um "drive-in" da McDonald's. Com este exemplo, podemos pedir a exceção para outros eventos?

Continuamos a não ter bons exemplos de cima, no Governo e na Igreja, agora que Eduardo Jesus vai ser promovido, talvez seja do Carvalho convidar um padre para vereador com o pelouro do trânsito e das obras, todos sabemos que as equipas governantes são formadas por lacaios.

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