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Nos outros anos ficaram... |
Os exemplos que mostram as prioridades nas mentes.
Antes o PSD e os seus do que os madeirenses.
Um conflito de prioridades.
C om a greve nos transportes públicos na Madeira a coincidir com a Festa do PSD vimos a priorização dos autocarros disponíveis para o evento partidário, 120 deles, em detrimento do serviço regular. Portanto, empresas públicas pagas com dinheiro público deu prioridade a um evento privado de um partido, como situação imprescindível e prioritária, em vez do atendimento às necessidades da população. Levanta questões importantes sobre a gestão dos recursos públicos, como se não soubéssemos o que a casa gasta...
Quando ocorre uma greve nos transportes públicos, o objetivo principal de qualquer entidade gestora, especialmente aquelas que recebem fundos públicos, deveria ser minimizar o impacto na vida dos cidadãos. Isso significa garantir que, mesmo com um número reduzido de viaturas, os serviços essenciais sejam mantidos e que a população possa deslocar-se para o trabalho, escola, consultas médicas e outras atividades diárias. Este caso ocorreu num domingo, mas bastou fazer umas entrevistas para ver como há vida laboral e comercial aos domingos. A disponibilidade de transporte público é um direito fundamental e um pilar para o funcionamento de uma cidade.
O sinal dado sobre a Prioridade Partidária mostra bem a gestão da coisa pública para fins partidários. Como não se até o Lobo Marinho muda a pernoita nesse dia.
Se, de facto, 120 autocarros foram direcionados para um evento partidário (a Festa do PSD) num dia de greve, enquanto o serviço habitual na cidade foi severamente comprometido, isso envia uma mensagem clara sobre as prioridades da gestão. Independentemente de quem está no poder, a perceção que se cria é que os interesses do partido político se sobrepuseram às necessidades básicas dos cidadãos. Mas diz mais, a prole de "tachistas" também zelam pelo emprego e são capazes de paralisar uma cidade para que nada falte a uma festa privada de um partido. Fariam o mesmo a outros partidos?
Os cidadãos só podem sentir que os seus impostos não estão a ser utilizados para o bem comum, mas sim para servir agendas políticas específicas. Em dias de greve, a população já enfrenta dificuldades. Se esses poucos recursos disponíveis são desviados para um evento particular, a frustração e o sentimento de abandono podem ser enormes. Que tal paralisar os negócios dos senhores do partido, hotelaria sem funcionários...
Sabemos do uso de dinheiro, meios públicos, de infraestruturas e serviços públicos para fins partidários, levantam as mesmas dúvidas de infraestruturar negócios imobiliários com campos de golfe ou, gastar milhões em empregos partidários para garantir lealdade cega. Não há imparcialidade na administração pública e a separação entre o Estado e o partido político. 50 anos tornaram o público na nova sede do PSD Madeira.
Mesmo que o aluguer dos autocarros para o evento partidário tenha sido pago pelo partido, a questão ética persiste quando há uma greve. Num cenário de escassez de recursos (como acontece durante uma paralisação), a escolha de priorizar um evento, mesmo que legítimo em outras circunstâncias, sobre as necessidades diárias da população, é questionável. A responsabilidade social da empresa de transportes e das entidades governamentais que a tutelam deve estar sempre focada no cidadão. Mas se o Governo só trabalha para a oligarquia, como é que gente de quadros médios terão coragem?!
Em suma, o episódio dos autocarros, é um exemplo preocupante de como a política pode, por vezes, distanciar-se das necessidades reais da população. A transparência na gestão dos recursos e a clara priorização do bem-estar dos cidadãos são fundamentais para manter a confiança no serviço público e nas instituições democráticas. Mais um contributo para a atitude e voto radical e extremista. Pensam que não? Os mais loucos da próxima vez furam os pneus e não há autocarros para ninguém. Acaba-se o egoísmo e o "partido centrismo".
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