Um grito pela sustentabilidade da Madeira
A visão de que a gestão atual do turismo na Madeira está a comprometer o seu futuro e a desvirtuar os seus "ex-líbris" naturais é cada vez mais partilhada por setores da população. A impopularidade de Eduardo Jesus cresce por mais propaganda que "compre". Não é popular nos madeirense e até na sua secretaria, não pensem que só destrata na Assembleia. Argumenta-se que as decisões tomadas sob a alçada do Secretário Eduardo Jesus têm gerado precedentes preocupantes, levantando questões sobre a sustentabilidade a longo prazo da ilha e a preservação da sua identidade. Eduardo Jesus destruiu a ieia de destino de qualidade. Não podemos lançar gente não civilizada na serra, temos que parar com as low costs, parar com a inserção de cada vez mais carros, a abertura de cada vez mais hotéis e alojamentos locais sem infraestruturas para isso e sem sustentabilidade, nomeadamente na água. Nada foi estudado, isto é a gosto da ganância.
Um dos pontos mais críticos levantados é a alegada "privatização dos trilhos e levadas". Estes percursos pedestres são o coração do turismo de natureza da Madeira, atraindo milhares de visitantes e sendo parte integrante da cultura e paisagem da ilha. A implementação de taxas ou a gestão que restringe o acesso livre a estas joias naturais é vista por muitos como uma traição ao espírito de abertura e autenticidade da Madeira. Esta abordagem não só onera os visitantes, porque acabará a onerar os próprios residentes, quem não conhece os "passitos a passitos" com aquilo que é nosso! Esta iniciativa desincentiva a exploração sustentável da natureza, empurrando os turistas para opções mais massificadas e potencialmente menos controladas, exacerbando a degradação ambiental noutros pontos. Quem explorar vai querer mais, mais e mais! Como todos: rent-a-cars, AL's, Hotéis, etc. A essência de uma levada ou trilho deveria ser a sua acessibilidade e o seu carácter público. Estava tudo bem, chegou o Eduardo Jesus e soltou uma manada na serra.
Temos uma abordagem do turismo que prioriza o crescimento a qualquer custo em detrimento da capacidade de carga da ilha. A promoção incessante, sem o devido investimento em infraestruturas de suporte (como saneamento, gestão de resíduos, transportes públicos eficientes e, crucialmente, a proteção dos ecossistemas mais frágeis), pode levar a uma saturação. Para mim já está. Esta sobrecarga ameaça não só a qualidade da experiência turística, mas, mais gravemente, a qualidade de vida dos madeirenses e a integridade dos recursos naturais que são a base da própria atração da ilha. O Fanal vai desaparecer, é preciso desaparecer com o Eduardo Jesus a tempo! Ele não vai dizer que errou, é demasiado arrogante.
A perceção de que o Secretário se limitará a fazer propaganda e defender os seus erros é um reflexo de uma falta de abertura para com as críticas e a incapacidade de reajustar as políticas em função do impacto real no terreno. Num contexto onde a sustentabilidade é não só uma palavra da moda, mas uma necessidade imperiosa para o futuro de destinos como a Madeira, a manutenção de políticas que parecem ir no sentido oposto é alarmante.
Para os defensores de uma mudança, a demissão do Secretário Eduardo Jesus é vista como um passo necessário e urgente para "salvar a Madeira". Acreditam que só uma nova liderança na pasta do Turismo e Cultura poderá trazer:
- Novas Decisões: capazes de reverter as políticas consideradas prejudiciais, colocando a sustentabilidade e a preservação ambiental no centro da estratégia turística.
- Correções de Rumo: que permitam reequilibrar a balança entre a exploração económica do turismo e a salvaguarda do património natural e cultural, garantindo que o desenvolvimento seja verdadeiramente sustentável e inclusivo.
- Diálogo Autêntico: com a comunidade, associações ambientalistas e outros stakeholders para construir um modelo de turismo que seja benéfico para todos e que respeite os limites do território. (voltar ao modelo antigo que vários destinos estão a adotar depois de desistir do turismo massificado)
A Madeira, com a sua beleza ímpar e a fragilidade dos seus ecossistemas, exige uma liderança que não hesite em tomar as medidas necessárias para garantir que o turismo seja uma bênção e não uma maldição a longo prazo. A continuidade das políticas atuais levará a um ponto de não retorno, onde os "ex-líbris" da ilha, em vez de serem preservados, serão fatalmente comprometidos.
Esta política aumentou o custo de vida, o supermercado, o custo da habitação, entalou o trânsito (e continua-se a meter uma quantidade bárbara de carros), a sustentabilidade está em queda, a qualidade de vida, afastou os madeirenses de muitos locais da sua terra, está a destruir o património natural.
Demitam o Eduardo Jesus.
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