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Deveria ser um problema de todos e ninguém faz nada! |
D esde que foi privatizado, os CTT - Correios de Portugal apresentam um serviço miserável para o país e em especial para a Madeira onde Luís Miguel de Sousa, alegadamente, com as suas influências faz com que todo o correio venha por navio cargueiro. Ah porque são só até dia e meio de navegação, e a logística de espera com os contentores? Assim, ambos não respeitam o que os clientes pagam pelos diversos produtos/portes, consoante a urgência, e também não respeitam o que outros operadores lhe entregam como serviço local. Os CTT têm falta de pessoal e assim vemos que a sua fama é péssima nos clientes e potenciais funcionários. Quando privatizada, a empresa só fez redução de despesas para gerar lucro, tendo inclusive o GR da Madeira a "subsidiar" as instalações no Madeira Tecnopólo, depois do encerramento de balcões e saída da sede, para que a empresa labore, talvez porque a privatização foi realizada pelo PSD. É insuportável a quantidade de barracas que os atrasos provocam, coimas, juros, contraordenações, medicamentos que não existem na Madeira, enfim urgências e prazos não respeitados.
A privatização dos CTT – Correios de Portugal tem gerado uma onda de descontentamento generalizado, com reflexos particularmente gravosos na Região Autónoma da Madeira. As críticas apontam para uma deterioração acentuada da qualidade do serviço há muito tempo, desrespeito pelos prazos de entrega e um impacto significativo na vida dos cidadãos e empresas. É imperativo que medidas concretas sejam tomadas para reverter esta situação e colocar a empresa novamente ao serviço do país. Se for preciso, nacionalize-se ou abram um concorrente para deixar de haver ouvidos de mercador.
O caso da Madeira: um exemplo flagrante de descalabro.
Na Madeira, a situação é particularmente crítica. Alegações de que a influência de Luís Miguel de Sousa estaria a desviar todo o correio para transporte via navio cargueiro são extremamente preocupantes. Se confirmadas, estas práticas não só desrespeitam os prazos de entrega pelos quais os clientes pagam – nomeadamente para serviços urgentes – como também minam a eficiência de outros operadores que dependem dos CTT para o serviço de distribuição local. Certezas tenho, a larga maioria da correspondência e encomendas vem por barco independentemente do que se pague. O resultado é um ciclo vicioso de atrasos, que se traduz em multas, contraordenações e, mais grave ainda, na falta de acesso a bens essenciais como medicamentos, que não existem na Madeira, causando urgências não respeitadas e um sofrimento desnecessário à população. Isto é só alguns exemplos, existe um "mundo" deles. Como por exemplo as empresas deixarem de vender para a Madeira mesmo com alguma legislação que penalize essa opção.
Falta de pessoal e má reputação.
A perceção de que os CTT sofrem de uma crise de pessoal não é novidade. A redução de despesas, uma prática comum em empresas privatizadas que visam maximizar lucros, parece ter tido um impacto direto na força de trabalho. Esta estratégia, embora financeiramente conveniente a curto prazo, tem um custo elevado para a reputação da empresa, afastando tanto clientes como potenciais funcionários. A má fama dos CTT, neste contexto, é um sintoma claro de uma gestão que prioriza os indicadores financeiros em detrimento da qualidade do serviço público e das condições de trabalho. Não é aceitável dar correspondência a terceiras partes para as entregas, outras empresas, "esfoladas" no preço, para fazer a entrega. Isso cansa rápido, anda em outras mãos e mostra uma gestão irresponsável.
A questão dos subsídios e a privatização.
A alegada subsidiação das instalações dos CTT no Madeira Tecnopólo pelo Governo Regional da Madeira, possivelmente devido à privatização ter sido realizada pelo PSD, levanta questões sérias sobre a sustentabilidade e a transparência do modelo de negócio pós-privatização. Se uma empresa privada necessita de apoio financeiro público para operar, questiona-se a real vantagem da sua privatização e a sua capacidade de cumprir a sua função social sem onerar o erário público. Verdade ou mentira? Lembram-se da onda de Juntas de Freguesia aflitas com os encerramentos de postos dos CTT e que contribuíram com contactos para mantê-los operacionais noutro lugares "subsidiados"? Muitas vezes em cantinhos de espaços públicos. Voltamos ao mesmo, porque privatizaram?
O papel passivo da ANACOM.
Diga-se que tem multado e atuado, mas parece que compensa prevaricar porque tudo piora cada vez mais. Neste cenário de caos, a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações), enquanto entidade reguladora do setor postal, tem demonstrado uma postura excessivamente passiva. A sua inação é incompreensível e inaceitável face à gravidade das queixas e ao impacto direto na vida dos cidadãos. A ANACOM tem o dever e os mecanismos para intervir de forma mais proativa, fiscalizando, aplicando sanções e exigindo aos CTT o cumprimento rigoroso das suas obrigações de serviço público. Têm que ser mais duros, é preciso abrir concorrência depois de provado durante anos que não mudam a postura. A falta de ação efetiva por parte do regulador contribui para a perpetuação dos problemas, deixando os utentes desprotegidos e minando a credibilidade de toda a estrutura de supervisão.
O que pode ser feito?
Para colocar os CTT na ordem, é fundamental uma abordagem multifacetada:
- Auditoria urgente e independente: é crucial realizar uma auditoria completa e independente aos contratos de transporte, especialmente no que diz respeito à Madeira, para apurar a veracidade das alegações de tratamento preferencial e garantir a equidade na distribuição. Verificar o quadro de pessoal, os tempos de resposta, o rol de queixas (portal da queixa), aos anos que não acatam a ANACOM, os espaços públicos cedidos, a "burla" dos portes que se paga sem serviço inerente, etc.
- Revisão dos acordos de nível de serviço (SLA): os CTT devem ser responsabilizados pelo cumprimento rigoroso dos seus SLAs. As coimas e as compensações por atrasos e perdas devem ser aplicadas de forma consistente e transparente, protegendo os direitos dos consumidores e empresas. Acabe-se com semanas e alguns casos meses de atraso, desaparecimento de encomendas, etc.
- Investimento em pessoal e condições de trabalho: é imperativo que os CTT invistam na contratação e formação de pessoal qualificado. Melhores condições de trabalho e salários justos são cruciais para atrair e reter bons funcionários, melhorando a moral e a eficiência dos trabalhadores.
- Transparência e responsabilidade social: a empresa deve adotar uma postura mais transparente em relação aos seus resultados e ao impacto das suas operações no serviço público. A sua responsabilidade social deve ser prioritária, especialmente no que toca à entrega de bens essenciais.
- Intervenção governamental e regulamentação: o governo, através das suas entidades reguladoras, deve intervir de forma mais assertiva. Caso os CTT não cumpram as suas obrigações ( e não vêm há anos), devem ser aplicadas sanções severas e, se necessário, ponderadas medidas mais drásticas para garantir que o serviço postal, essencial para o país, seja prestado com a dignidade e a eficiência que os cidadãos merecem. É que prevaricar compensa, eles não mudam.
- Diálogo com as partes interessadas: promover um diálogo aberto e construtivo com os clientes, empresas, outros operadores postais e os próprios funcionários dos CTT é fundamental para identificar os problemas e encontrar soluções eficazes. Há outros operadores, lojas online, etc, irritadas com o serviço dos CTT porque apanham por tabela e depois desistem da Madeira.
A situação atual dos CTT é insustentável. É tempo da empresa e as entidades reguladoras agirem de forma decisiva para restaurar a confiança dos cidadãos, garantir que o serviço postal em Portugal seja novamente sinónimo de fiabilidade e eficiência.
Nota-se pela falta de concorrência que os CTT não se mostram preocupados com o serviço que prestam, não ligam às queixas e vão se somando anos. Estou, estamos, fartos.
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