Miguel Albuquerque, o ventríloquo do Chega.


Já repararam?

M iguel Albuquerque já não precisa de pensar. Para quê gastar neurónios, se basta esperar pelo Chega? O Chega fala, e Albuquerque repete. O Chega propõe, e Albuquerque copia. O Chega lança um foguete, e Albuquerque corre atrás a apanhar a cana.

Dizem que a política é feita de ideias. Pois bem: Miguel Albuquerque encontrou o atalho perfeito — deixar os outros pensar por ele. Mais prático, mais barato, e dá menos trabalho. No fundo, Albuquerque é como aquele colega da escola que nunca estudava mas que aparecia sempre colado ao melhor aluno na hora do teste. Só que, neste caso, o “melhor aluno” é o Chega… e a cópia fica sempre pior que o original.

Ontem, nas comemorações do Dia da Cidade, tivemos mais um espetáculo: Albuquerque subiu ao palco e, com todo o ar de estadista que conseguiu reunir, apresentou como sua uma proposta que já tinha sido lançada pelo Chega. Nem corou. Nem tossiu. Disse como se fosse uma revelação divina, caída do céu. O problema é que todos já tinham visto a peça antes… e com outro protagonista.

É caso para perguntar: será que Miguel Albuquerque tem um “alerta Chega” no telemóvel, tipo notificação de novidades? Ou será que mantém uma equipa a vigiar as conferências de imprensa do Chega para depois adaptar o guião?

A verdade é que já não temos um presidente do Governo Regional. Temos um eco. Um repetidor. Uma versão “low cost” do Chega.

E se isto continua, um dia destes ainda vamos ver Miguel Albuquerque no Parlamento a levantar-se e dizer:

- Sr. Presidente, eu voto exatamente como o Chega. Copiar/colar. Obrigado.

Vergonhoso? Não. Já se tornou rotina.

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