Não foi um deslize, é rotineiro num Governo que faz ganhar os mesmos.
Caros Madeirenses,
N a qualidade de cidadãos atentos e zelosos pelo futuro da nossa Região, não podemos permanecer em silêncio perante a conduta do Secretário Regional Eduardo Jesus. O respeito que devemos à democracia, à transparência e ao bom nome da Madeira obriga-nos a expor, com serenidade mas também com a firmeza necessária, as razões pelas quais a sua permanência no cargo se tornou insustentável.
Primeiro, recordemos o triste episódio ocorrido na Assembleia Regional, onde, em vez de se afirmar pela força do argumento, o Sr. Eduardo Jesus optou pela fragilidade do insulto. Ao dirigir-se a uma colega deputada com impropérios, não desrespeitou apenas a sua pessoa, mas a própria instituição parlamentar e, por consequência, todos os cidadãos que nela se veem representados. Um acto de incivilidade política que não pode ser normalizado.
Em segundo lugar, é impossível ignorar o estado do turismo madeirense, sector vital da nossa economia e identidade. Sob a sua liderança, temos assistido ao descontrolo generalizado: acidentes de viaturas em números alarmantes, empresas de rent-a-car a proliferar sem fiscalização adequada, ausência de planeamento estratégico e uma organização turística que mais se assemelha a uma colcha de retalhos do improviso. O sector que deveria ser o nosso cartão de visita é, hoje, motivo de preocupação e descrédito.
Por fim, a questão mais grave: a publicação em Diário da República de um contrato com um valor 65 vezes superior ao estipulado. Não falamos de um lapso menor ou de uma distração inocente. Falamos de um erro monumental, de um escândalo de rigor e de responsabilidade. É impossível exigir credibilidade a um governante que assina documentos oficiais com tamanha leviandade.
Assim, em nome da dignidade da Madeira e do respeito que devemos às gerações presentes e futuras, afirmamos que a demissão do Secretário Regional Eduardo Jesus é não só necessária, como urgente. A sua saída não será uma perda para a Região, mas sim uma libertação.
Que a Madeira seja governada com a seriedade que merece.
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