Que bela altura para a UMa se emancipar politicamente.


D izia a Lena d'Água, demagogia é como queijo na ratoeira. Há muitas instituições a sofrer as consequências do Governo Regional que temos, o jornalismo lixou-se e a UMa não está melhor. A Universidade da Madeira está a fazer publicidade das vagas ainda em aberto nalguns cursos. Eu acho que não é assim que vai lá, isto não é uma coisa instantânea. Se a UMa quer arrepiar caminho tem que fazer uns eventos a desmascarar as políticas e opções do Governo Regional, dizer que o modelo escolhido suicida a UMa 

Quem sabe se é a posição de rato do Putin? Uma crítica pública ao Governo Regional poderia chamar a atenção para os desafios que a UMa enfrenta. Se a universidade se posicionasse de forma mais incisiva, levantando questões sobre o financiamento, as políticas de educação superior na região ou a falta de atratividade para os jovens, isso poderia gerar um debate público necessário. Mas a questão fundamental é que este turismo louco não dá vazão na universidade, só atrai mão de obra barata,  malta nova foge...

No entanto, a abordagem também traz riscos, quem não sabe como são os Governos do PSD. Uma confrontação direta com o governo pode levar a cortes de financiamento ou a uma relação institucional mais tensa, o fim do estado de graça, lugares que caem como os inimigos do Putin. É uma linha ténue entre a defesa dos interesses da UMa e a preservação de uma relação de trabalho que, a longo prazo, é fundamental para o seu funcionamento. Fui querido, não fui?

Quando é que a estratégia da UMa aborda as causas estruturais da diminuição de estudantes? Os erros da política, a bolha imobiliária e a carestia. Para reverter a situação a longo prazo, a universidade precisaria de uma estratégia mais abrangente, que pode incluir parcerias com o Ensino Secundário, estabelecer uma ligação mais forte com as escolas secundárias da região, mostrando aos alunos o valor dos cursos oferecidos e as oportunidades de carreira. Teoria. O que conta é o dinheiro nas algibeiras dos país, o curso que querem, as oportunidades e saídas profissionais. Aqui só se carrega a bater poncha e rent-a-cars.

É preciso cortar amarras com o Governo, criar eventos abertos ao público, palestras, workshops e atividades que mostrem a relevância da universidade para a sociedade madeirense, aproximando-a das pessoas. Só isso já mostraria os erros do Governo. Acreditem. Umas indiretas.

Existe um problema, investir em cursos que respondam às necessidades específicas da região pode não ser atrativo para estudantes da Madeira, talvez de outras partes do país ou do mundo, apostando em áreas de nicho. Mas vamos continuar com políticas que afastam os madeirenses?

A universidade enfrenta desafios complexos que exigem uma reflexão profunda sobre o seu papel e a sua relação com o governo e a sociedade. Mas tem que acabar com o travão político.

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