D e funcho, talvez num chá esquecido na prateleira de alguma avó. O Funchal, em rigor, podia chamar-se "Lombal", porque se há coisa que não falta são lombas, cada vez mais, como se a cidade quisesse praticar musculação nas nossas suspensões. Parece até que, em vez de plantar árvores, a Câmara decidiu cultivar lombas: crescem sozinhas, multiplicam-se sem pestanejar e nunca estão na época errada. Portanto, os heróis da condução abusam e a CMF também, todos nós pagamos. É preciso punir quem faz e não todos.
E já agora, não seria de repensar no antigo dístico “90”? Desta vez para os rent-a-cars, agora que os empresários do sector descaracterizam pelo estigma que criaram. Assim, ao menos, o turista já chegava informado, na Madeira a malta está farta de aselhas da primeira vez.
Eu, pelo menos, quando viajo, não vou cometer asneiras ao volante. Prefiro os transportes públicos. Não só porque poupo o stress de procurar lombas escondidas na estrada, mas também porque, se é para ficar aos saltos, já temos o autocarro em hora de ponta, que sempre dá mais emoção e sai mais barato do que este safari urbano. A venda de jeeps vai aumentar, parece que a autarquia anda a treinar-nos para o Dakar.
Em resumo: menos funcho, mais lombas e mais dísticos ou aselhas. O Funchal transformou-se num parque temático automóvel sem querer, só falta mesmo a montanha-russa oficial! Quer dizer, temos montanha e temos russos... Ainda querem mais hotéis na cidade, mais estacionamentos, este resort para loucos? Hospício!
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