A política de investimento desportivo do PSD na Madeira no governo, mostra claramente o foco no Golfe em detrimento do futebol, a situação tem sido alvo de críticas intensas por parte de diversos setores da sociedade madeirense. Esta situação levanta questões sobre a priorização de interesses e a dissonância entre as políticas públicas e as necessidades da população em geral. Sobretudo mostra como se desrespeita o desporto rei. Pena não se poder fazer especulação imobiliário com um estádio.
O principal argumento contra o apoio ao golfe é o seu caráter de elite. Os campos de golfe são percebidos como um passatempo para um segmento restrito da população, muitas vezes associado ao turismo de luxo. Os críticos apontam que o investimento público neste setor, feito para atrair especulação imobiliária em vez de promover o desporto para a maioria, é um desvio de recursos que poderiam ser usados de forma mais benéfica. A falta de sustentabilidade financeira do golfe sem subsídios estatais é outro ponto levantado, sugerindo que o investimento não se justifica pelo retorno social ou económico para a generalidade dos madeirenses. Comparativamente o futebol gera mais receitas e sustentabilidade.
Em contraste com o golfe, o futebol é o desporto com a maior base de apoio na Madeira, unindo uma vasta e apaixonada comunidade de adeptos. A perceção de que o PSD tem negligenciado o financiamento e o apoio às equipas de futebol profissional é vista como um golpe direto na identidade e no orgulho regional. O Marítimo luta pela subida e perde com uma equipa do escalão inferior? A falta de investimento é associada diretamente aos maus resultados desportivos, o que provoca frustração e descontentamento entre os adeptos. A crítica é que, ao priorizar o golfe, o governo regional está a virar as costas a um desporto que beneficia e representa um número muito maior de pessoas, contribuindo para uma crescente divisão social.
Esta alegada dissonância entre a política de investimento e a realidade social da Madeira aponta para uma crise na perceção da identidade regional. Enquanto o futebol é parte integrante da cultura e da vida diária de muitos madeirenses, o golfe é visto como um símbolo de uma minoria de luxo. A crítica feroz a esta política é, no fundo, uma denúncia de um governo que estaria a colocar os interesses de uma elite acima das necessidades e aspirações da maioria, com dinheiro público, contribuindo para uma perceção de que o poder está desfasado da realidade social da ilha.
O GR não governa para madeirenses. Quem do futebol vai se atrever a colocar o dedo na ferida?