Premeditado, copiaram o erro.
Sem dúvida que os partidos tradicionais são tolos e reféns das suas clientelas, na Madeira é sobretudo na área da construção. Eu não sou do Chega, mas sei ver como alimentam a xenofobia. Vamos a isto.
O madeirense não conta na sua terra, cada vez mais, vai sendo tempo de uma indignação mais robusta em vez do medo. A passividade "mata", agora e para o futuro. A Madeira tem sido um dos destinos de eleição para o investimento imobiliário, especialmente por parte de cidadãos estrangeiros, especulação, vistos gold, lavagem de dinheiro com criptomoedas, fundos imobiliários, com caricatos de nem quererem ver o que compram por razões acessórias. Mas o resultado é efetivo e contra os madeirenses, o fenómeno, impulsionado pelo negócio do Alojamento Local, tem um impacto direto no mercado imobiliário da região, elevando os preços de compra e arrendamento de forma significativa.
Os residentes, com salários que não acompanham a subida dos custos de habitação, veem-se cada vez mais impedidos de comprar ou até de arrendar uma casa na sua própria terra. Este desequilíbrio cria uma pressão social e económica que tem sido notada não só na Madeira, mas em muitas outras cidades turísticas em Portugal e no mundo.
Nós não aprendemos, não queremos, é premeditado para gerar fortunas e que se lixe a Madeira. Isto cria xenofobia a estrangeiros. Ou seja, destruímos o bem receber turistas/estrangeiros por duas razões, pelos rascas e pelos ricos ou sujos que cá metem. O cenário da Madeira não é único. Noutros países, esta dinâmica imobiliária também gera descontentamento e, por vezes, sentimentos negativos contra os estrangeiros.
Vamos a 4 cantos do mundo...
Cidades como Barcelona e Palma de Maiorca têm enfrentado problemas semelhantes. A pressão do turismo e o investimento estrangeiro no Alojamento Local levaram a um aumento massivo dos preços do arrendamento, levando os habitantes locais a manifestarem-se contra a gentrificação e a afluência de turistas e investidores. A narrativa de que os estrangeiros estão a "tirar a casa" aos locais é comum.
Em Vancouver, a crise de habitação é um tema recorrente. Muitos residentes culpam os investidores estrangeiros, especialmente da China, por impulsionar os preços do mercado imobiliário para níveis inacessíveis. Esta situação resultou na introdução de um imposto sobre a especulação imobiliária e taxas adicionais para compradores estrangeiros, numa tentativa de controlar a bolha.
Na Nova Zelândia a situação é parecida. A crise de habitação nas grandes cidades é frequentemente atribuída ao investimento estrangeiro. O governo neozelandês, para tentar resolver o problema, proibiu a venda de casas a estrangeiros, exceto em certas condições.
Em Dublin, a falta de casas e o aumento dos preços do arrendamento levaram a protestos generalizados. Embora a crise não seja exclusivamente atribuída a estrangeiros, o investimento por parte de grandes fundos imobiliários internacionais é visto como um dos principais factores que agravam a situação, criando um sentimento de que o mercado está a ser controlado por entidades externas, em detrimento dos residentes.
Em todos estes casos, o padrão é semelhante. O investimento estrangeiro em imóveis, impulsionado por benefícios fiscais ou pela simples atratividade do mercado, leva a um aumento de preços que a população local não consegue suportar. Isso cria uma sensação de deslocamento e injustiça, alimentando a narrativa de que os forasteiros estão a prejudicar a vida dos locais, resultando em sentimentos, ressentimento e, em alguns casos, hostilidade.
Ainda antes e terminar, dizer que também no comércio se assiste à mesma situação, aumentam as rendas para se verem livres dos empresários madeirenses, ao lado, é bem capaz de haver um chinês com isenção de impostos por ter investido que quando acabar o prazo, pura e simplesmente, simula nova situação... é olhar para o que se segue com o Bazar do Povo...
A questão da habitação na Madeira, tal como noutros locais do mundo, não é apenas económica, mas também social. O equilíbrio entre atrair investimento e garantir que a população local pode viver com dignidade é um desafio complexo para os governos. Sou do tempo em que Jardim não queria chineses, simbolicamente um protecionismo geral. Sou do tempo do PSD que protege os seus empresários do regime da concorrência de empresas estrangeiras, sou do tempo em que este PSD destrata a população da Madeira e já não tem a mesma iniciativa para defender o madeirense desta loucura imobiliária.
Conclui-se facilmente que o Governo Regional não governa para madeirenses, que a hostilidade e não xenofobia contra estrangeiros está a aumentar porque passaram a linha do respeito pelos locais, os naturais, na sua conjuntura económica. A intolerância aumenta na rede viária, na hotelaria, nos sítios que visitamos.
A Madeira está a expulsar os seus jovens, o GR está a inclinar ainda mais o Inverno Demográfico. O GR está a exterminar o madeirense. O inimigo está cá dentro!