Jorge Carvalho diz que vai fazer, não tem programa eleitoral, já está ganho?


A parece o Jorge Carvalho, o quarto nome da lista do PSD, como se fosse a grande esperança. Depois de três dizerem que não, lá foi ele o escolhido, ou o que sobrou. Mas vamos ser claros: Jorge nem quer ser presidente da câmara. Ele está é noutra jogada. E já começou com o velho truque do costume, prometer, prometer e prometer. Mas antes de vir com a conversa de sempre, ele que pegue no papelinho que o Pedro Calado mandou o povo guardar em 2021.

Lembram-se? Noite eleitoral, sorrisos de orelha a orelha, e o Calado a dizer com toda a confiança:

Podem começar a apontar num papelinho as promessas que vamos cumprir. Daqui a quatro anos o nosso programa vai estar inteiramente realizado.

Pois sim. Quatro anos depois, cadê isso tudo?

  • Os seguros de saúde para todos?
  • As teleconsultas que prometiam salvar o sistema?
  • Os parques, as requalificações, as obras?
  • A cidade que ia ser uma maravilha?

Nada. Só conversa. Nem metade do que disseram saiu do papel. E o que saiu foi mal e porcamente. Até dentes caíram, quanto mais promessas.

Agora Jorge Carvalho vem de novo com esse paleio, como se o povo já não tivesse levado baile. E o mais bonito? Nos cartazes está ao lado (...) do Luís Nunes. Sim, aquele mesmo que bateu com a porta com estrondo, todo indignado, a dizer que não pactuava com arranjinhos, que não aceitava fazer papel de figurante.

Pois agora entra de mansinho, caladinho, feito fantoche, e lá está ele, bem coladinho no cartaz ao lado do Jorge. Afinal, sempre estava disponível para o papel de enfeite. O homem que dizia que não era cúmplice, agora está a segurar a lanterna.

Já que voltou, então que ajude a apontar também no papelinho o que ficou por fazer. Até porque ele era da equipa do Calado. Que não venha agora com amnésia.

E que ninguém se iluda, o Jorge não está aqui por causa do Funchal. O que está em jogo não são estas eleições autárquicas. Isso é só fachada. O que está em causa é muito maior, é Jardim a preparar-se para vingar Albuquerque, Jorge Carvalho é o escolhido para o ataque.

O povo que não se deixe levar. Já chega de filmes repetidos. Já chega de promessas que não valem nada. Isto não é projeto para o Funchal, é jogada para tomar a Madeira. E quem vai ficar a ver de fora, mais uma vez, é o povo.

Abram os olhos.