Curtas para alcançar...


25/10/2025, 12:22:38 Ordem e Azia.
Muito bem. Finalmente alguém pôs as pessoas na ordem — ou, pelo menos, em fila indiana para o disparate. Agora, já não se diz Basta!; diz-se Basta! — porque em São Vicente é tudo 8 ou 88, céu ou inferno, vinho ou vinagre. É o novo método científico da emoção pública: medir o rancor em decibéis e a azia em litros por cabeça. Mas deixemos o estômago e passemos à mente — essa entidade obstinada que teima em raciocinar mesmo quando a alma quer berrar. Há quem confunda liberdade com licença para cuspir veneno e quem acredite que a democracia é um desporto de contacto, onde vence quem grita mais alto. O problema é que, ao fim de tanto grito, o eco começa a soar a solidão. Pergunto então: será o poder uma questão de pulmões ou de princípios? E a justiça, um buffet de ressentimentos, onde cada um se serve do ódio que mais lhe convém? Talvez a verdadeira ordem não se imponha com palavras de comando, mas com um silêncio lúcido — aquele que observa o caos com uma ironia serena e um copo meio cheio. Sim, é preciso viver e saber viver. O difícil é fazê-lo sem querer asfixiar o próximo com o próprio discurso. Oxalá ninguém morra sufocado pelo fumo das suas certezas. Entretanto, o site avisou: “Limite de 3000 caracteres.” Ora vejam — até a liberdade de expressão agora vem com um contador! Que tragédia moderna: querer prosear o mundo inteiro e só caber metade da asneira. Ainda assim, viva a ordem, a desordem e a azia democrática. No fim, respiramos todos o mesmo ar — embora alguns insistam em soprá-lo com demasiada convicção.

Nota do MO: as únicas azias que existem são as que sobram de São Vicente para o nosso site, 3000/3500 caracteres é uma página de jornal. Estamos a moderar conscientes de que as pessoas leem de telemóvel, das estatísticas, do favorecimento na propagação, no interesse dos autores. A mensagem passa melhor sucinta. É preciso objetividade, pragmatismo, ritmo e não prosa, o site é de comentário da atualidade regional. Apesar da pedagogia, da paciência, as pessoas não querem saber. A atitude é no interesse de todos.

25/10/2025, 12:38:19
Há uns tempos tinha escrito aqui sobre a conversa de um jovem que tinha confidenciado a um amigo sobre uma viagem de família relâmpago planeada para o Dubai, pois havia informações de que viriam novidades sobre um processo. Não falhou a informação. Ora aí está o processo “Ab initio” a começar a apertar o cocas. No Dubai está tudo pronto para receber de braços abertos está família de 4 pessoas. Receberão de braços abertos e já com contas bancárias abertas com dinheiro transportado em malas de forma clandestina ao abrigo do uso do estatuto de imunidade usado em viagens pessoais anteriores. Tal como a Isabel dos Santos, quando for preciso haverá exílio dourado no Dubai. Já percebem porque também o Calado tinha viagem de férias marcada para umas semanas depois do processo Zarco? Pois o Ab Initio levará outro a tentar fuga para o Dubai.

25/10/2025, 13:26:47
Eu percebo o papel do Élvio Sousa, mas quero mostrar o outro lado da mesma moeda. Élvio Sousa, certamente que pensava ter mais votos no Funchal, porque até é cuidadoso, pelo menos mais do que Albuquerque que não foi embora não não teve a maioria absoluta para governar. Digo isto pelas expressões na campanha. É verdade que comparando Autárquicas, o JPP teve em 2021, no Funchal, 974 votos. A realidade da JPP mudou e agora, para as mesmas Autárquicas obteve 10.043 votos, 10 vezes mais. Em quatro anos muita coisa mudou, o JPP tornou-se líder da oposição mas, apesar de não ser a mesma coisa, o JPP nas Regionais teve 11.624 votos. Das Regionais para as Autárquicas o JPP desceu 13,60% (11.624 votos). Convém estar atentou sobre quem se esqueceram, quem não seguraram, quem desistiu, o que fizeram de errado. Em relação a Santa Cruz, o PSD aumentou mais o número de votos, em relação a 2021, do que o JPP perdeu. De maneira que suspirar de alívio com a passagem de testemunho, pensando que o pior já passou, e que agora é só ganhar popularidade... não é líquido, até pela personagem... recordem a Célia.