O JPP e o Efeito "Ruído Sem Propósito"

 

J á repararam na evolução (ou melhor, na involução) do JPP? O partido que, em tempos, parecia trazer frescura à política madeirense, é hoje apenas uma sombra daquilo que se pensava ser. E pergunto-me: o que aconteceu? Será que as boas ideias escorregaram pelo cano abaixo da banalidade ou, tal como o peixe-espada-preta, afogaram-se no mar de promessas vãs?

O JPP tornou-se um verdadeiro exemplo de populismo de almanaque. Os seus discursos, tão repetitivos como um relógio avariado, não nos oferecem mais do que o eco das mesmas velhas retóricas, como um disco riscado. E, quando falam de "mudança", a única coisa que muda é o corte de cabelo de Élvio Sousa — mas, por favor, alguém dá um toque a este visual? Já não há como ignorar o desastre capilar!

O que mais impressiona é o desprezo pelas promessas feitas. O JPP, com o seu estilo de discurso "afasta tudo e deixa tudo ao vento", esqueceu-se que, ao conquistar a confiança do eleitorado, adquiriu também a responsabilidade de entregar resultados. Em vez disso, temos apenas mais um partido ruidoso, a fazer barulho como um vendedor ambulante na lota, mas sem nunca apresentar um produto novo. E, acredite, até os peixes da Madeira têm mais valor do que as propostas do JPP.

E, claro, o auge da arrogância! Agora, se alguém se atrever a criticar, é quase como se o JPP se visse como os iluminados da política madeirense, donos da verdade universal. Dúvidas? Críticas? São tratadas como "ruído", não merecendo sequer uma reflexão honesta. "Criticar o JPP? Só se for por inveja!" — talvez seja esse o novo lema do partido.

E sobre o populismo que se faz de "voz do povo" enquanto finge ignorar os reais problemas dos madeirenses... bem, isso já soa mais a uma velha receita sem tempero. Como dizia o bom Aristóteles, a política deve procurar o bem comum, mas o JPP contenta-se em ser um reflexo de si mesmo, alimentando-se da sua própria incapacidade de evoluir.

A única coisa que o JPP tem para oferecer é um espetáculo vazio, onde os aplausos vêm apenas do seu próprio eco. É tempo de pôr um ponto final a este circo. Afinal, como se diz por aí, "a política é como a lota: se não é para evoluir, mais vale não vender peixe nenhum".