O meu ranking do debate da RTP Madeira – Câmara do Funchal


É verdade que num swing a 14 já não se sabe a quantas anda cada um, um programa extenso com os candidatos a tentar enfiar tudo em míseros minutos. A categoria é de programa de humor, talvez para dizer que é tudo ruim e fica o mesmo. Ainda assim, e levando sempre como programa de humor, fiz a minha análise. Qualquer azia remetam ao formato da RTP-M, já viram quanto tempo perderam para o jornalismo brincar convosco? A análise é só do programa:

1.º Dina Letra (BE) – 15/20
Preparada, segura e ideologicamente vincada. Uma das poucas que trouxe ideias exequíveis, diagnósticos concretos e caminhos a seguir. Embrulhou-se um pouco na mobilidade mas globalmente bem.

2.º Mónica Freitas (PAN) – 14/20
Clara, com raciocínio estruturado e boa ligação aos temas. Ainda focada na administração regional e pouco nas competências autárquicas. Presença colorida a destoar do cinzentismo dominante.

3.º Ricardo Lume (CDU) – 13/20
Ortodoxo mas incisivo, chamou os bois pelos nomes e marcou posição contra as políticas do PSD. Avante.

4.º Rui Caetano (PS) – 12/20
Igual a si mesmo: pouco convincente e sem brilho, mas trouxe propostas para problemas concretos. Também trouxe problemas de tensão alta.

5.º Jorge Carvalho (PSD/CDS) – 11/20
Inseguro e distante da cidade. Refugiou-se na sua experiência governativa num discurso redondo e sem paixão pelo Funchal. Falta coluna vertebral e sobretudo vontade para ali estar.

6º Raquel Coelho (PTP) – 10/20
Mais interessada em interromper e soltar soundbites do que em debater seriamente. Pode ser que o modo palheira funcione para alguns.

7º Luís Filipe Santos (Chega) – 9/20
Cheio de certezas, mas sem substância. Gravata a condizer com a falsa sobranceria moral e cérebro vazio. Mais um aVentureiro.

8.º Miguel Pita (ADN) – 8/20
Tranquilo e moderado, com algumas ideias interessantes, mas sem fio condutor. Um low profile excrescência da pandemia.

9.º Sara Jardim (IL) – 7/20
Postura de queque liberal. Muita cartilha, pouca proximidade. Faltou o Tanqueray Tonic para dar o look completo.

9.º Fátima Aveiro (JPP) – 7/20
Um flop: discurso frágil, inseguro e pouco preparado. Uma nulidade saída do Banco para se alimentar num bom partido.

11.º Marta Sofia (Livre) – 6/20
Chegou sempre atrasada aos temas, sem energia e com discurso disperso. Valium e whisky.

11.º Paulo Azevedo (Nova Direita) – 6/20
Pareceu ter saído de uma tertúlia de tasca para este debate. Entretenimento noturno sem qualidade. Acrescentou zero.

13.º Liana Reis (RIR) – 6/20
Do contra por sistema, com tiques autoritários e negacionistas. QI de uma ameba atrasada em overdose de ideias.

14.º Valter Rodrigues (MPT) – 5/20
Trapalhão, sem capacidade de estruturar discurso. Inclusão sem impacto numa saída precária do manicómio.