Albuquerque e Montenegro, duas faces da mesma moeda.


C ertamente que ter poder, perspectivas, influência, oportunidades e bom vencimento dá um contentamento interior que leva àquele elã para encarar o futuro de outra forma. Eu vejo a política, sobretudo a Governação, com muitos a se governar e a se encher, a trabalhar para os negócios dos amigos, depois dá-lhes uma para a honra para atemorizar os outros para se calarem. Desculpem-me, mas este é o tempo da Direita, das suas críticas, é "menina" para privatizar serviços e bens públicos, a Saúde, os trilhos, os portos, as obras...

As mensagens de Natal de Albuquerque e Montenegro são de outro mundo, se o madeirense votasse pela algibeira isto andava diferente. Há uma elite que vive separada, noutro mundo, e acha que chega às comunicações de Natal e é só abrir a boca do sucesso.

O sucesso de Albuquerque e Montenegro é resultado do dinheiro do PRR e de estrangeiros a circular, o que inflaciona preços enquanto o poder de compra diminui porque os salários crescem menos do que os custo de vida. Levamos cada vez menos do supermercado por mais valor, casa é impossível de se comprar, passamos o tempo a rezar para que não haja despesas extras. O "Economist" olha para os números do país e não para os do povo, esses só se veem na revolta dos votos em partidos radicais de direita. Assim, Albuquerque e Montenegro vão surfando a mentira e o aproveitamento parcelar dos sucessos para construir narrativas.

Albuquerque só vai poder cantar de galo no dia que os números da demografia se inverterem, por aí dá para perceber o trabalho que tem pela frente em vez de promover campos de golfe?

Estamos a trocar madeirenses por estrangeiros, estamos a "proibi-los" de consumir água, de visitar livremente lugares na ilha, de poder comprar o básico, e depois maquilha-se os pobres aumentando a condições de elegibilidade dos apoios.

As pessoas não falam, mas votam, e os partidos tradicionais vão esticando a corda até a soma dar um resultado favorável... até ao dia!

Acho piada a mensagem de Natal de Albuquerque e Montenegro numa festividade religiosa. Santos, santos, santos, senhores deuses do universo. E nós é que temos de mudar de mentalidade, não eles de políticas e governações.