Estão a atrasar o caso Cafófo para estoirar nas Regionais?

 


Agora caem árvores em todas as eleições.

A quando do divórcio de Júlio César com a sua segunda mulher, que curiosamente se chamava Pompeia (nome de sítio arqueológico), uma frase surgiu no diferendo matrimonial: “À mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Daqui nasceu um ditado popular que se popularizou até hoje.

Quero falar de Justiça usando a esfera do poder político e da causa pública. Quando é depositada confiança em alguém para ocupar cargos públicos e exercer, deve perceber o que está escrito, que se lhe exige e não fazer uma condução por instinto. Deve por esta razão assumir as suas responsabilidades e não moldá-las, deve alinhar pela transparência dos processos, respeitar o exercício de cidadania de todos e não só de alguns interesses, o que em boa parte acaba facilmente por garantir uma gestão ética e rigorosa da “coisa pública”, se implementada. A Justiça não é diferente.

É mau, péssimo, que haja suspeição sobre a Justiça e que depois se confirme em casos com juízes corruptos. Alguns ainda não foram afastados mas medram no limite, todos sabem o que são e quem de direito aguarda pelo deslize fatal. Há juízes que recebem benesses na família, o que é a sua extensão e fragilidade. Muita suspeita e casos na Justiça conferem o desmoronamento final da democracia que se rege pelo respeito de leis. Todos se queixam da morosidade da Justiça Portuguesa, parece algo intemporal que se entra mas não se sai. Sempre na esfera da suposição até ao deslize fatal, há demoras e delongas, a tal morosidade, que parecem ter calendário. Exercer Justiça não deveria ter tempo mas sabemos que evita-se nalguns casos e noutros não.

A Justiça na Madeira é muitas vezes usada para queimar adversários numa estratégia de propaganda planeada, curiosamente, a Justiça que não deveria ter calendário político cai na máxima “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”. Neste caso e para a Justiça, a expressão tornada ditado popular contém juízos para uma reputação onde a transparência, a confiança e a verticalidade devem ser atendidas em benefício da verdade e não do calendário político. A Justiça deve entender que na salvaguarda dos interesses das pessoas em democracia não deve permitir que seja usada para perturbar as contendas eleitorais em benefício de alguns.

Paulo Cafôfo voltará a ser pela terceira vez o bode expiatório em eleições na Madeira? Quanta coincidência, “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta”, como isso rende na política, e a Justiça fica a um passo da suspeição, de novo. Há advogados com sentido de calendário político, não houvesse tantos na política.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 16 de Julho de 2022
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários