O jornalista


A liberdade e a democracia só ficou com as redes sociais.

H oje em dia há muito jornalista que quando dá opinião é quadrado, redondo, sinuoso, como bem diria Calado seu padroeiro ... sonso. Cumprindo todos os preceitos de não atingir ninguém, no imenso monstro, mas parecer que diz a verdade aos olhos dos que se emocionam facilmente com um chorrilho de palavras de "artista", como cenas de novela e que, quando se chega ao fim, é uma mão cheia de nada mas que ocupou espaço para que nenhuma notícia, daquelas que sonhávamos ver, apareça. Hoje em dia, por necessidade, a notícia deixou em muitos casos de ter contraditório, são escolhidas as partes que importam para servir o monstro, o resto, numa imensa maioria, poderia ser de revista cor-de-rosa, ou será de endeusamento laranja. Hoje em dia, "dar notícias" é a satisfação de todas as partes que exigem o seu tempo de antena para alimentar o seu ego ou colmatar a falta de capacidade. Ao contrário de informar ... satisfaz.

O jornalismo é, hoje em dia na Madeira, a arte de encher jornais com nada ou nada mais do que bajulação, um brinde pela compra de publicidade. É escolher o querido, é ser o oficial de um oligarca ou apostar no cavalo. A notícia é hoje em dia um serviço corporativo ou veículo de intenções, de pressão sobre um poder político frágil e que acompanha os comentadores a preceito da máfia no bom sentido. A notícia, hoje em dia na Madeira, não está à luz da deontologia mas do monstro. Escrita por muitos que perderam a idoneidade, foram falsos com os colegas, com os ouvintes, leitores, telespetadores; subiram mentindo, tiveram sucesso não sendo os melhores mas na antítese do jornalismo; escondendo-se no tal anonimato que também existe em benefício do monstro e que enriquece muitos; o que tomou conta da nossa democracia, política, economia e do jornalismo que, afinal, recebe vencimento para chorar sobre as redes sociais, único garante de liberdade que os mais diversos órgãos de informação na Madeira perderam. As redes sociais são aquela pedra no sapato do que poderia ser a perfeita mentalização do povão das festas e que ruma alegre para a desgraça com estes sórdidos.

Hoje em dia há muito jornalista que sonha ser honrado, usa e participa em todos os esquemas de branqueamento, tal como outros que compram branqueamento e fama de pacote na TV para a população que ainda não sabe que tudo é um negócio.

Hoje em dia ser jornalista é medir a sua situação e acabar por ceder à conjuntura de ter sido vendido como jogador de futebol, com o "clube" e com os órgãos, sendo massa da mesma massa tal como outros são farinha do mesmo saco.

Quando alguns aceitam que se tratem turistas abaixo de cão por terem opinião e até já os querem "mandar para a tua casa" ou "quem não está bem muda-se", observa-se como a autocracia e ditadura estão instaladas nas mentes. Perderam o discernimento de ver que afinal já se pratica na Madeira entre madeirenses o assédio e perseguição que, no turista ou residente estrangeiro, é algo mais ligeiro de se aplicar o "castigo sem medo", o corretivo daqueles dependentes que se acham Povo Superior numa terra que sem o exterior não tem como alimentar o monstro. Jornalista consegue ver isto, não porque vai contra o patrão. Também eles (estrangeiros) não podem ser especialistas por atentarem contra o monstro, por falarem nas redes sociais, como se à partida se soubesse a formação de uma vida que vem para a Madeira descansar e usufruir na ostentação de que só o oficial é bom, tal como o outro do Centro Cultural da Alfândega a criar a sua solução noticiosa. Afinal o que vende a Madeira aos estrangeiros?

Hoje em dia, para a maioria dos jornalistas, o dia a dia é de fugir da notícia, sabendo que a sua terra está podre e corrupta mais do que nunca, de evitar o jornalismo de investigação porque só fere o monstro. A frustração descarrega-se sobre os outros, mais frágeis, como se fossem também turistas descartáveis. Quando alguns jornalistas surgirem com éticas e moralidades, assalariados do monstro, tenha cuidado, há uns que aparecem assessores, outros não, mas quase todos servem para o seu ganha pão.

Findo com algo inacreditável lido num post do CM:

Os jornalistas que ainda se sentem jornalistas mas que estão limitados no colete de forças do poder, do dinheiro que precisam de levar para casa e da propriedade dos órgãos de informação, devem escrever anonimamente no Correio da Madeira. Há bons jornalistas, não têm é oportunidade de o ser. Estamos a oferecer essa oportunidade. (link)


A perceção de como isto anda! Portanto, há jornalistas de rabo do sistema, são os de baba e ranho que moralizam mas ficam-se no monstro. A Madeira é um crematório de bons jornalistas, como já foi de bons parlamentares e de gente integra e com caráter. Os jornalistas, no todo, perderam o pedestal, as boas unidades que façam caminho ... Alguns jornalistas parecem aqueles muito populares do regime russo.

Enviado por Denúncia Anónima.
Sábado, 16 de Julho de 2022
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