A Igreja: duas vezes cúmplice.

 

Link da Notícia

As elites abusam da ignorância da população.
Sobretudo da fé que depositam.

A Igreja é um monopólio, é uma confissão religiosa intocável e com vantagens sobre as outras num Estado que se diz laico *. Quando se pensa que a fé e as leis de Deus são as únicas que podem incutir moderação e bom senso na população, enquanto atitude individual que soma na sociedade, eis que a Igreja dá um exemplo de como também não se pode contar com ela.

A Igreja é feita de humanos como os outros e não por gente que, tendo consagrado a vida a ideais, sejam exemplo para os outros. Cada um dos sacerdotes, "individualmente", fazem uma Igreja de homens de carne e osso que querem ser interlocutores de um ser supremo e inteligível no âmbito das relações humanas. Um Ser Supremo casto que nos impõe regras para a vida, enquanto a ciência não cobre áreas do desconhecimento que se resolvem por agora com a fé. A Igreja ocupa um vazio da evolução do homem.

Penso que a versão calado para o senhor Bispo é a que mais serve a Igreja neste momento. Apesar de o acusarem de ficar em silêncio perante as responsabilidades que tem, ao abrir a boca desta maneira não é caminho para o céu. Senhor bispo, sendo curto e grosso, abandone a máfia da Igreja contra a qual o nosso Papa luta e passe a ação, expulse usando lei religiosa e mande para lei civil também. Pare de enrolar.

Na hora da exigência é que vemos a qualidade dos líderes. Por esta amostra, vemos que o Bispo do Funchal quer virar a página depois da Igreja, e não os "sacerdotes individualmente", ter abafado os casos durante 70 anos (os que foram contados porque mais haveria) e tenta passar à fase seguinte sem castigo e por inércia. A Igreja pretende chegar ao perdão indo ao confessionário, mencionando os pecados de forma parcial, mas não fazendo as rezas da penitência, ainda menos atos de mortificação interior, exterior ou arrependimento sério sobre qualquer conduta ou ação má. Senhor Bispo, a sua intervenção não é diferente da diplomacia do Kremlin. A Igreja por lá também é uma tristeza com o poder. 

Cristo disse: Quod si sal evanuerit, in quo salietur? Ad nihilum valet ultra, nisi ut mittatur foras et conculcetur ab hominibus. «Se o sal perder a substância e a virtude, e o pregador faltar à doutrina e ao exemplo, o que se lhe há-de fazer, é lançá-lo fora como inútil para que seja pisado de todos.»

Esta Igreja não é de noviços mas de ratas velhas.

Portugal é um Estado laico, não confessional, onde vigora a liberdade de religião e de crença. As igrejas e outras comunidades religiosas encontram-se separadas do Estado, princípio que terá de ser respeitado mesmo em futuras revisões da Constituição.

Enviado por Denúncia Anónima.
domingo, 05 de Março de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.

Adere à nossa Página do Facebook (onde cai as publicações do site)
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira

Enviar um comentário

0 Comentários