M arcelo Rebelo de Sousa tem vivido um segundo mandato para esquecer, depois de ter passado os primeiros 5 anos a mapear o país de alto a baixo, com selfies e a despachar cada um dos 10 milhões de portugueses com abraços a gosto do freguês, apertos de mão teatrais e condecorações em série.
Nesse primeiro mandato, recebendo um país governado por uma geringonça bem oleada de Costa que ia desmontando a austeridade imposta por Passos e Portas, preferiu cavalgar a popularidade do Governo sem grandes interferências.
Já no segundo mandato, parece que pretendia instalar em Portugal um regime presidencialista, fazendo uso do seu vício menos bem guardado, a verborreia opinativa.
Tanto falou, sugeriu, opinou, condicionou a governação ao "seu amigo Costa" que chegou a conseguir demitir ministros e secretários de estado, a alterar leis ou a estabelecer as prioridades executivas para Portugal. Uma espécie de Primeiro-Ministro sombra a governar Portugal pelo verbo.
Chegou ao cúmulo de tentar forçar o PCP e/ou o BE a viabilizar um Orçamento de Estado, sob pena de matar os despojos da Geringonça com a dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas.
O Parlamento chumbou o OE, e lá Marcelo foi chamado a jogo e, sem hesitar, cumpriu a palavra na convocação de eleições. Saiu-lhe o tiro pela culatra, porque acabou por oferecer uma maioria absoluta a António Costa para fazer o que lhe apetece.
Pensando que iria manter o Costa com rédea curta, Marcelo continuava a falar, sugerir, opinar e tentar condicionar até que... Costa encostou-o às cordas, mostrando que a conversa do PR não passava de bluff. Ou seja, Marcelo foi vítima da sua língua e sede de protagonismo e está condenado a um fim de mandato triste, perdendo o respeito dos principais actores políticos e também de todos os portugueses.
Se este modus operandi de Costa fosse aplicado à Madeira, estaríamos perdidos!
Por cá também temos um Presidente do Governo que tropeça na língua todos os dias, passa a vida a lançar pedras ao Governo da República e tem uma vertigem para o protagonismo.
Até agora ninguém na República lhe deu troco. Contudo, se Costa o chamasse a jogo o bluff nas suas ameaças independentistas e anti-republicanas, veríamos Albuquerque a fugir com o rabo entre as pernas, tal como Marcelo.
Enviado por Denúncia Anónima.
Quinta feira, 4 de Maio de 2023
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