Bom Dia Cêemers.
A s alterações climáticas sob o ponto de vista dos madeirenses, alienados em festas, vai funcionar assim, primeiro chateia com eventos ocasionais, que depois se tornam mais vulgares e que a seguir se tornam padrão. E, o padrão é ter eventos climatéricos extremados e baralhados, pouco importando se estamos no Verão ou no Inverno. O auge no madeirense alienado é quando se generalizar adiamentos de festas por causa do tempo, sem nunca pensar que o aumento da frequência da inoperacionalidade do nosso aeroporto, vento ou visibilidade, é um sintoma de alterações climáticas.
Para os não alienados em festas, no seu mundinho de sonho, pode-se dizer mais um bocadinho. Mas vamos nos focar num problema que, por este andar, vai aparecer.
Hoje, a temperatura da água no Porto Moniz anda nos 24ºC e décimas, na Ponta do Pargo é mais ou menos igual mas as décimas puxam para os 25ºC. Em São Vicente, pasme-se, ronda entre os 25ºC e os 26ºC, Santana entre os 24 a 25ºC. O que estou a fazer é lhes dizer que se uma tempestade alimentada por águas quentes do oceano surgir na Madeira, perde ou ganha força com esta variante, águas mais quentes geram uma tempestade mais robusta. Será por isso que se localizou aquela tempestade a norte da ilha em Boaventura? Fica para a discussão ...
A sul, Santa Cruz predominantemente nos 24 chega aos 25ºC, no Funchal anda sempre nas variantes em décimas dos 24ºC. Entre a Ribeira Brava e a Calheta, zona soalheira e das mais quentes da Madeira não encontro registos mas deveria haver. Porquê? Porque se você for tempestade e gostar de água quente, decide-se ao chegar à ilha pela encosta com águas mais quentes.
A água do mar teve nas últimas semanas os registos de temperatura mais elevados de sempre. No Mediterrâneo bateu o recorde de temperatura 28,71ºC. O mar na Florida atingiu 38ºC, um jacuzzi. O Atlântico Norte bateu o recorde e ameaça o motor de correntes no mar e no ar. Estas duas temperaturas são importantes, apesar de um mar ser "aberto" e outro "fechado", para se compreender o que anda o clima a fazer. Um pouco como os plásticos no Pacífico, que nos dá um estudo de correntes, as temperaturas da água no mar também nos podem dar indicadores. Tenho imensa pena de não ter as temperaturas no miolo da passagem dos furacões no Atlântico, com um bocadinho mais à esquerda e um bocadinho mais à direita, porque é aí que se decide por onde vai. Claro que a subir decide-se mais pela esquerda mas não nos esqueçamos da tempestade Leslie.
A Tempestade Leslie foi um ciclone tropical que ocorreu em outubro de 2018 e chegou à Península Ibérica passando a norte da Madeira (passou a 13 de Outubro). O Leslie formou-se como uma tempestade subtropical no Atlântico Norte e passou a ciclone pós-tropical quando divergiu para o nordeste em direção à Europa. Na época, o Leslie foi classificado como a pior tempestade a atingir a Ilha da Madeira em décadas. O que o Leslie nos disse foi que é importante estar preparado para eventos climáticos extremos, especialmente em regiões suscetíveis a ciclones tropicais e tempestades.
O curso da tempestade depende muito da temperatura da água do mar, mas não só, se um furacão se alimenta de águas quentes, a principal força motriz para o movimento é o vento atmosférico, que empurra e guia a tempestade através da atmosfera. Nesse aspeto temos de considerar as Correntes de Altitude, a Força de Coriolis (causada pela rotação da Terra) e o Sistemas de Alta e Baixa Pressão (os furacões tendem a se mover em direção a áreas de baixa pressão). É com estas variantes que as trajetórias das tempestades variam mas, adoram sempre "Jacuzzi".
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 2 de Agosto de 2023
Todos os elementos enviados pelo autor.
Adere ao nosso grupo do Facebook: Ocorrências CM
Segue o site do Correio da Madeira
0 Comentários
Agradecemos a sua participação. Volte sempre.