O João trabalhou no sábado até cerca da meia noite. Trabalha na restauração. Decidiu então, ir a pé até ao arraial do Bom Jesus na Ponta Delgada. Chegou à igreja da Ponta Delgada por volta das 3 da manhã. Foi acompanhado dum colega de trabalho. Foram a dentro da Igreja prestar homenagem ao Senhor Bom Jesus e, depois, resolvera, ir tomar uma cerveja. O João começou a sentir tonturas e, qual foi o espanto do seu colega quando o João caiu redondo para trás e bateu com estrondo com a cabeça no chão.
Chamaram ajuda médica e o João seguiu para o Centro de Saúde do concelho. Sem lhe fazerem qualquer teste ou pergunta, decidiram que era um coma alcoólico. Deram-lhe um "ben-u-ron" e mandaram-no para casa.
Passados dois dias, o João continuou com as tonturas, não se conseguia levantar e começou a ficar com uma febre crescente e que poderia indicar um sinal de infecção e voltou ao Centro de Saúde. Novamente receitaram "ben-u-ron" e voltaram a mandá-lo para casa.
Na Quarta feira de manhã, com a persistência e agravamento dos sintomas, a namorada leva o João de novo ao Centro de Saúde e foi aí que lhe disseram para ir ao Hospital. Como o João não conduz, disseram-lhe que, se fosse para ir de ambulância, só poderia ir à noite. O João apanhou então um táxi e foi com uma carta de recomendação do Centro de Saúde para o Hospital.
O João chegou ao Hospital às 6 da tarde. Foi atendido eram já quase 6 da manhã (umas 12 horas depois) sem que ninguém se tivesse dirigido a ele, excepto para lhe darem uma pulseira verde.
Agora, sabemos que o João tem um fractura no crânio e vários coágulos na cabeça, está ainda internado e a família não sabe de mais nada. E é este o melhor serviço de saúde do planeta.
Seguiremos este caso até a sua conclusão.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 7 de Setembro de 2023
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