É assim que nós nos sentimos, no psicólogo ou no psiquiatra, em terapias ou a fazer uso dos fármacos. Com os olhos sempre voltados para o nosso trabalho e para o tratamento que nos é dado mediante as nossas funções. A fazer sempre uma autoavaliação para ter a certeza de estar a ser justo e ético comigo, com a instituição e com os utentes que me são confiados. A avaliação passa nomeadamente em ter atenção as condições humanitárias, o respeito e a dignidade. Para que o trabalho seja efetivado com excelência e valorização humana, os recursos humanos têm que ser tratados com dignidade e respeito pois somos o bem mais precioso da nossa instituição. Funcionário feliz trabalha melhor e produz mais, diante disso, vejo a necessidade de revisão urgente na maioria dos gestores, uma vez que o que menos importa para a maioria das instituições, é a satisfação do colaborador, os gestores têm prazer em abusar do poder que detém para humilhar os seus liderados sem qualquer empatia e respeito. Quem é o insensível capaz de colocar um "monstro" a liderar pessoas. É tão contraditório, pertencer a uma empresa que fala tanto em Inclusão e Vulnerabilidade e a mesma empresa ter prazer em massacrar e desestabilizar os seus colaboradores. Existem inúmeros colaboradores a sofrer dentro das instituições dominados pelo medo de um grupo que só pode estar a ser dominado por demónios e de certeza tirou a sua especialização no inferno para terem tanta facilidade em destruir a saúde mental dos colaboradores. Será possível prestar cuidados com excelência quando temos a cabeça tomada pelo medo e pelo sofrimento da injustiça?
Acredito que uma gestão de excelência dá-se com humildade, empatia, sensibilidade e respeito por parte de bons líderes, e são características que infelizmente eu não vejo na maioria das lideranças, o que vejo são pessoas egoístas e gananciosas, carregadas do próprio ego e protegidas por um sistema sujo e corrupto sem ética e sem verdade.
Deixo um pensamento de um grande líder que hoje faz parte da história portuguesa: “Vou a empresa, mas não faço sombra às pessoas”, Rui Nabeiro foi sempre um líder atento e próximo sem ser fiscal no trabalho, deixou sempre a ideia de que os colaboradores podiam contar com ele. Um bom líder é assim, cumpre o dever da liderança sem intimidar, dando condições de trabalho, cuida da saúde mental dos colaboradores e orienta com amor e sabedoria, e de uma forma empática e efetiva, pois ele ensinava o ofício dando exemplo e deixando claro que um chefe manda e um líder orienta inclusive com próprio exemplo. Sejam humanos, ninguém está livre de cair nas mãos de um cuidador!
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 25 de Outubro de 2023
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