Se o Correio da Madeira aceitar esta proposta, vou aqui publicar uma série de artigos, sob este título, para falar exatamente da malta madeirense, tratando em especial de assuntos políticos na perspectiva da Travessa.
N o dia em que o Representante da República ouviu os partidos políticos com representação na Assembleia Regional, o arguido e suspeito de vários crimes, Miguel Albuquerque, é indicado para formar governo. A malta do PSD aplaude, com exceção de Alberto João Jardim que, como se pode concluir do seu recente artigo no JM e a intervenção na RTP/Madeira de ontem, preferia que o atual líder do PSD/Madeira saísse e outra personalidade social-democrata fosse indigitada para presidente do Governo Regional, ou o seu partido escolhesse outro líder.
O CDS foi conquistado por Albuquerque com a promessa de José Manuel Rodrigues continuar na presidência da Assembleia Legislativa da Madeira.
O PSD + CDS têm 21 deputados, o PS + JPP 20. Estes, por certo, vão reprovar o programa de Governo, o qual só passará com votos favoráveis e abstenções dos demais partidos.
O JPP caiu no canto da sereia Cafôfo e apresentou-se, ao lado deste, para tentar uma maioria alternativa. A ideia, parecendo boa, porque permitiria afastar o PSD do poder regional, é um veneno para o JPP, que sempre preconizou um comportamento diferente dos outros partidos. Élvio Sousa escreveu que preferia uma côdea a um banquete, mas agora parece que o naco de pão seco não chega. Cuidado com a manteiga socialista!
Cafôfo já deu provas suficientes de não ser uma pessoa correta com os seus aliados, pois, na coligação que lhe ofereceu o poder na Câmara Municipal do Funchal, atraiçoou e expulsou os que não aplaudiam a sua submissão aos poderosos da Madeira Nova. Depois também não agiu corretamente com os deputados municipais na Assembleia Municipal do Funchal, pretendendo silenciá-los ou manietá-los.
As eleições do passado dia 26 nada clarificaram. Vamos assistir ao reforço do poder parlamentar e a agonia vergonhosa de Miguel Albuquerque que, tudo faz, para se refugiar na imunidade para não prestar contas à Justiça, nas suspeitas que recaem sobre a sua pessoa.
A malta madeirense do PSD ainda não percebeu quem é, verdadeiramente, Miguel Albuquerque e olha para ele como a fonte de promessas e de empregos. Só que agora ele terá de se vergar às exigências das amantes de luxo, que lhe garantirão a tal imunidade.
Na Travessa da Malta, onde a linguagem é livre e muito clara, diz-se que as amantes do PSD-Madeira não têm estima por si próprias, pois falam tanto de normalização, transparência e combate à corrupção e afinal vão agora entregar-se a alguém que é suspeito do que elas dizem não querer.
Pois bem, ficando José Manuel Rodrigues como presidente da Assembleia, que lugar caberá a João Cunha e Silva? Por este desfecho aguarda a malta, nesta Travessa, como igualmente desespera por ler Miguel Sousa a respeito deste assunto.
Finalmente, na Travessa tem-se comentado o inquérito do DN/Madeira, sobre o futuro de Miguel Albuquerque, pois falta a opção “DEVE SAIR”. Mas o Diário, que fica bem próximo desta Travessa, nada quer connosco, pois bem sabe que esta opção sairia vencedora.
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