L uís Miguel Sousa, Avelino Farinha e Jaime Ramos, nestes três empresários estão concentrados o poder da Comunicação Social na Região. Louve-se-lhes a sagacidade de entenderem o que é o valor de deter o quarto poder. A narrativa será sempre a que melhor lhes convier.
Verbum Media (Grupo AFA), Newspar (Grupo Sousa) e Somagesconta / Gilram (Jaime Ramos), são as empresas que “mexem os cordelinhos” no que à Comunicação Social se refere. Os dois principais títulos escritos da Região, Diário de Notícias e JM, estão sob a alçada societária destes grupos empresariais que, à sua maneira, determinam objetivamente a vida coletiva dos madeirenses.
O controle económico sobre a política efetivou-se pela proximidade/promiscuidade entre estes empresários e as elites governativas. Mas faltava um pilar neste controle. Garantir que, houvesse o que houvesse, a imagem corporativa destas empresas permaneceria imaculada. Assim se entende que todas as notícias sobre concentração de poder nos media e notícias menos abonatórias sobre estas empresas só tivessem eco nas empresas de comunicação do continente. Por cá, em termos de comunicação social, nada se passa. Uma ou outra notícia, para compor um ramalhete de pluralidade de informação, para entreter a população, sempre pela rama, não vá acordar consciências.
A comunicação social tradicional é neste momento “a voz do dono” por muito que isso custe a admitir aos diretores das empresas de comunicação social. Sobre as suas cabeças em balanço ingreme e frágil, impende a “Espada de Damocles” das estruturas societárias que, sem uma palavra, sem uma ingerência, fazem a autocensura dos jornalistas, garantindo uma informação limpa, coada e inócua para o madeirense consumir.
Remando contra a maré, o JPP tem sido a única força política a denunciar esta inaceitável concentração de poder nos media regionais. Nas restantes forças políticas e demais agentes da sociedade civil reina um estranho e insuportável silêncio.
O controle dos media é meio caminho andado para o controle total de uma sociedade. À sua maneira estes “três pastorinhos” encarnam o “Citizen Kane” de Orson Wells, um personagem que através dos media enriqueceu e exerceu o controle sobre a sociedade do seu tempo.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 3 de julho de 2024
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