N uma altura em que os madeirenses perceberam que a legalidade tem muito que se diga, a GNR cumprindo a sua missão na restrita avaliação da mesmo, tornou-se uma terceira parte dos abusos contra o nosso património natural que vai na linha de Miguel Albuquerque, que é mais ou menos da ideia "os lugares são para se usar". Eu imagino que posso jogar ténis no Museu do Prado e não vai haver Lei nenhuma que se tenha lembrado de por isso por escrito.
Do que estou a falar? Só pode ser do casamento no Fanal, mais ou menos entre o PSD e o PS que precisam de entreajuda para sair da cena. Tudo frescos! Enquanto nestas semanas todos têm uma viagem para mostrar, os embevecidos de Huelva têm o meu prato de lentilhas para não olharem para o futuro, talvez uma Laurissilva digital produzida pela Inteligência Artificial, sem tratar da porcaria que fizeram no passado e fazem no presente.
Quero alertar que vou transcrever uma parte de um livro que a muito custo consegui copiar. O motivo pelo qual faço assim é para entenderem o que sente um indivíduo que vai lendo parágrafo a parágrafo e percebemos como no Correio da Madeira dizem verdade e nos jornais fazem propaganda para receber dinheiro.
Massificação = Insustentabilidade:
Começa a transcrição:
A massificação do turismo pode trazer benefícios económicos, mas também coloca pressão significativa sobre recursos naturais, infraestruturas e comunidades locais. Os primeiros sinais de que o turismo se está tornando insustentável geralmente manifestam-se assim:
1. Deterioração Ambiental
Poluição e Degradação de Ecossistemas: Crescimento e acumulação de lixo, os danos à flora e fauna locais, poluição da água e do solo são sinais claros. Em locais de ecoturismo, o excesso de turistas pode levar à erosão do solo e à destruição de habitats.
Recursos Hídricos Exauridos: Locais com pouca água começam a sofrer com a escassez para suprir tanto a procura turística quanto as necessidades locais. Exemplos notáveis incluem ilhas ou regiões áridas, onde o consumo hídrico dos turistas chega a ser muito superior ao da população local. Onde a água existia em equilíbrio com as exigências e se opta pelo turismo massificado, provoca-se o colapso do sistema e recorre-se à água dessalinizada, se houver por perto.
2. Sobrecarga da Infraestrutura Local
Tráfego e Congestionamento: Estradas, aeroportos e transportes públicos ficam congestionados, dificultando a locomoção tanto para visitantes quanto para moradores. Um exemplo clássico é Veneza, onde a superlotação prejudica o transporte local e os moradores precisam de competir com turistas nos espaços públicos.
Impacto na Habitação: A explosão de plataformas como o Airbnb, muitas vezes aumenta o aluguer e reduz a disponibilidade de moradia nos locais. Cidades como Lisboa e Barcelona enfrentam sérios problemas de moradia, pois muitos proprietários preferem alugar as suas propriedades para turistas, aumentando os preços e expulsando os residentes.
3. Degradação do Património Histórico e Cultural
Desgaste de Monumentos e Atrações: Locais históricos ou culturais podem sofrer desgastes físicos devido ao excesso de visitantes. Muitos patrimónios mundiais da UNESCO, como Machu Picchu, implementaram limites diários de visitantes para proteger as estruturas e evitar sua deterioração.
Perda da Identidade Local: Quando o turismo começa a direcionar as atividades culturais, a autenticidade da cultura local pode ser perdida. Mercados, festivais e até trajes tradicionais muitas vezes passam a ser adaptados ou comercializados apenas para atrair turistas, descaracterizando a cultura original.
4. Problemas Económicos Locais
Dependência Económica: Quando uma economia se torna dependente do turismo, crises externas (como pandemias ou crises económicas) podem prejudicar fortemente a região, deixando a população sem alternativas nos rendimentos. (A Covid avisou e ninguém ligou!)
Desigualdade e Empregos Mal Remunerados: Em muitos destinos, o setor turístico gera empregos de baixa remuneração e temporários, contribuindo para a desigualdade económica e a precarização dos trabalhadores locais.
5. Reações Negativas da Comunidade
Crescimento do Turismofobia: As comunidades começam a demonstrar frustração com o turismo em massa, gerando manifestações e protestos. Barcelona e Veneza, por exemplo, têm registrado protestos contra a invasão do turismo.
Mudança nos Hábitos Locais: A vida quotidiana dos moradores é alterada, seja porque restaurantes e lojas se voltam mais para turistas do que para a população local, ou porque áreas de convivência são tomadas por visitantes, dificultando o acesso dos moradores a esses locais.
6. Danos ao Bem-Estar e Qualidade de Vida dos Moradores
Aumento do Custo de Vida: O turismo em massa pode elevar os preços de produtos e serviços básicos, tornando mais caro viver na área para os residentes locais.
Poluição Sonora e Visual: Festas frequentes, barcos de turismo e eventos para visitantes podem comprometer a paz dos moradores, especialmente em áreas residenciais ou em locais anteriormente tranquilos.
Estes primeiros sinais de insustentabilidade indicam que políticas de gestão e regulamentação precisam de ser implementadas para mitigar os impactos. Algumas cidades e destinos têm adotado práticas como taxas turísticas, limitação de visitas e maior regulação de aluguer de curto prazo para reduzir os impactos e preservar a qualidade de vida dos moradores e a sustentabilidade da área.
Doloroso não é? E vem um secretário do turismo dizer que não há excesso de turismo? Só passa sem o contraditório da comunicação social que quer faturar com o Secretário em viagens, publicidade e eventos.
Estamos a ser marginalizados e a natureza espezinhada.
Enviado por Denúncia Anónima
Segunda-feira, 28 de Outubro de 2024
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