Alerta laranja


  • Alerta Laranja para precipitação das 6h - 12h domingo 3 de novembro: Madeira - Regiões Montanhosas/ Madeira - Costa Sul

Caros cidadãos da Madeira,

A o longo da nossa história, a Madeira tem sido marcada por episódios de grande adversidade e tragédia, provocados pelas forças da natureza que esculpiram a nossa ilha. Estas forças, que moldaram a nossa geografia, também nos lembram, em momentos de grande calamidade, da nossa vulnerabilidade.

As cheias na Madeira, infelizmente, não são um fenómeno recente. Em várias ocasiões, a força das águas, intensificadas pela chuva torrencial e pela topografia acidentada, ceifou a vida de centenas de madeirenses, destruiu lares e deixou marcas profundas na nossa memória coletiva. As cheias de 1803, por exemplo, foram um dos primeiros registos históricos de uma grande catástrofe natural na ilha, que resultou em centenas de mortes e desolação. Mais de dois séculos depois, a tragédia de 20 de fevereiro de 2010 voltou a abalar-nos, ceifando cerca de 50 vidas e deixando várias dezenas de feridos, além de inúmeros desaparecidos e desalojados. Estes eventos, entre outros ao longo das décadas, não só sublinham a imprevisibilidade das forças naturais, mas também a urgência em estarmos preparados.

No entanto, a reflexão não pode limitar-se a uma análise do passado. Precisamos de questionar se estamos, enquanto sociedade, a tomar todas as precauções para prevenir ou mitigar os danos de futuras cheias. As mudanças climáticas que o mundo enfrenta intensificam a frequência e severidade dos eventos extremos, e, com uma maior frequência de precipitações intensas, o risco de cheias torna-se mais iminente. Na Madeira, com os seus declives acentuados e cursos de água rápidos, a vulnerabilidade é acentuada.

As autoridades locais não têm, infelizmente,  criado infraestruturas de prevenção e contenção de cheias, pelo contrário, constroem mais e mais edifícios sem ter em conta a história, mas a segurança é uma responsabilidade coletiva. 

Urge a necessidade de consciencialização. Recordar as vítimas das cheias passadas é honrá-las, mas também é uma chamada de atenção para a responsabilidade que todos temos na mitigação dos riscos. Todos somos parte da solução: o nosso respeito pela natureza e a nossa capacidade de adaptação e preparação podem fazer a diferença na proteção da nossa comunidade.

Para que a nossa história não se repita de forma trágica, para que possamos lembrar as cheias como um desafio superado e não como um lamento coletivo, cada um de nós deve comprometer-se a fazer parte da mudança.

Amanhã, dia 3 de Novembro de 2025 prevêem-se chuvas intensas. O governo da Madeira não irá fazer nada, como se vê. 

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado
, 2 de Novembro de 2024
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