V amos puxar o filme atrás. Nas últimas Regionais PS e JPP criaram uma alternativa ao PSD e solicitaram a adesão dos restantes partidos, excluindo Chega e PSD-M, para viabilizar um governo alternativo. O Chega que tinha sido eleito para acabar com a corrupção e compadrio também não aderiu por vontade própria. A soma dos deputados PS + JPP acabou por determinar o fim da "intentona", sem qualquer outro partido a aderir. Miguel Albuquerque riu-se.
Paulo Cafôfo adiantou que vai “encetar diálogo” com todos os partidos representados no parlamento madeirense, à exceção de PSD e Chega, para “construir um apoio parlamentar mais robusto”. O socialista espera que outros partidos "se possam juntar" nesta "possibilidade de um novo governo na região". (link)
Agora o Chega, extraordinariamente ou não, empurrado pelo Ventura ou sem mais remédio para Castro, apresenta uma Moção de Censura, o tal parceiro que faltou na primeira tentativa de mudança de governo, conta e muda de posição, mas agora é a vez do PS dizer que não. Porque é o Chega? A JPP está por determinar. Mais uma vez, em benefício da politicazinha caseira e não para os madeirenses, esses que estão mal. O Miguel Albuquerque volta-se a rir.
A oposição não se entende, é assim que o PSD consegue criar a ideia de que sim é corrupto, mas os outros não têm Governo e são mais saco de pulgas do que o PSD. Voltamos ao mal menor. É um facto que o PS-M nunca chega bem a Regionais, a não ser aquelas do Cafôfo popular. Mas, também o Chega tem o ato de contrição perfeito, esbate as contradições, o apoio ao GR e agora pode acusar PS e JPP de obstaculizarem a queda do Governo. Claro que isto depois é aproveitado para o PSD dizer que "eles não se entendem".
Quando o eleitor vai por a cruzinha no boletim de voto quer uma alternativa e alternância consistente, senão deixa-se ficar no mesmo. Tem sido este o mal, mesmo sabendo o que é o PSD. É por isso que a corrupção e compadrio se tornaram tão displicentes e descaradas. Eles sabem onde está o "clique" para poder abusar. O trabalho que o Chega está a fazer, a Moção de Censura, deveria ser da iniciativa do PS-M, mas como está mais entretido nos tachos para este e aquela, percebe-se que não se concentra no essencial, não tem estratégia, vive o dia a dia e decide, trai a confiança que o eleitorado lhe depositou.
O PS-M arranjou um alibi para não apoiar a Moção de Censura porque foi ultrapassado, o Chega de forma inteligente (outra novidade) encurrala o PS-M dizendo que, por ele, não tem problema algum em retirar o que apoquenta o PS-M no texto da Moção de Censura (link).
O PS-M em vez de liderar vai atrás, disfarça o momento que sempre vive, a tratar de si. O PS-M que se ponha do lado do eleitor e aprecie quantas vezes tem momentos de ouro, únicos para a alternância e nunca aproveita, nunca capitaliza, é sempre um peso morto na oposição até que se acabe o dogma socialista de muitos. Se continuar assim, o PS-M em breve deixará de ser a segunda força mais votada na região. A Moção de Censura do Chega, já de arranque, tem o terceiro elemento que faltou na "intentona", parece que brincam aos fingidos, assim tipo o CDS e seus teatrinhos de "tirar o tapete".
Ninguém entende que ambiente político mais degradado é necessário para colocar o PSD-M a andar, os políticos estão bem, a população é que não. Não sentem, por isso lutam tanto pelo tachinho. Nestes momentos deveria aparecer o líder com faro político, mas temos só uns coitados.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 7 de Novembro de 2024
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