O naufrágio político, os ratos em pânico e o regresso do salvador.

 

Q uando o navio político de Miguel Albuquerque começa a meter água, é um verdadeiro espetáculo ver os seus antigos “leais” a saltar desesperados para salvar a pele. Esses mesmos, que há bem pouco tempo o defendiam com fervor, já se alinham em direção ao novo “salvador” Manuel António Correia ou a qualquer lado onde vislumbrem segurança política. A corrida agora é para se reposicionarem, ensaiando um arrependimento conveniente.

Diretores regionais, aqueles que ontem exoneravam qualquer um que ousasse pensar diferente, desfazendo-se em telefonemas agora tentam limpar a ficha e reaparecem como “neutros” — sempre prontos a saltar para o lado que lhes garanta futuro. Assim, de repente, os fiéis que perseguiram e apoiavam a exoneração de apoiantes de candidaturas adversárias estão prontos a mudar de narrativa, como bons atores num drama político onde o verdadeiro protagonista é o poder.

Do lado do PS, Paulo Cafofo é quem mais ambivalente se sente. Por um lado, a queda de Albuquerque daria espaço ao PS para subir, mas, por outro, o renascer de um PSD minimamente organizado, e, especialmente  o renascer de figuras como Carlos Pereira na ala interna socialista a manobrar cada detalhe, pode acabar por trazer um pesadelo ainda maior.

E enquanto os “Donos Disto Tudo” e o estratega Jaime Filipe Ramos espreitam das sombras para ver como aproveitar o caos, resta ao povo assistir à dança dos arrependidos, cada um tentando assegurar o seu lugar no próximo capítulo desta novela onde nada é o que parece, e onde vale tudo - e o drama só promete aumentar.

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira
, 8 de Novembro de 2024
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