E sta questão surge a propósito da notícia no DN/M relativa à aprovação de contas do Marítimo, com um prejuízo de cerca de 5 milhões de euros. Qual o efeito real/legal desta aprovação? Significa que os membros da Direcção/Administração deixam de ser pessoalmente responsáveis por esses prejuízos, passando a responsabilidade dos mesmos para a esfera jurídica da Instituição.
Ou seja, os sócios tiraram um peso de cima de Carlos André, o seu presidente, que agora pode equacionar mais um cenário ao seu "futuro" na colectividade: a demissão. Até ontem, Carlos André tinha o "rabo preso" (expressão utilizada pela maçonaria no acto - físico - de iniciação de um membro ao 4.º grau de um total de 33 graus), impedido de sair do clube.
5 milhões de euros de perdas é um valor muito significativo... e já se imagina o "choradinho" junto do governo regional, uma versão 2.0, institucional, da "Operação Coração" que o Benfica fez no século passado.
É legítimo perguntar se o desempenho da equipa tem a ver com eventuais ordenados em atraso? Quem conhece a realidade do futebol sabe que uma coisa varia na razão directa da outra. E veja-se o que ia sucedendo ao Boavista na temporada transacta.
Houve ainda a oportunidade de ouvir as breves declarações do candidato perdedor aos microfones da Antena 1, Carlos Batista, "especialista" em resultados negativos (na Associação de Andebol ao tempo do Francisco Santos, onde era vice-presidente e, depois, no Madeira Andebol SAD, onde foi presidente).
Mas não foi explicado qual o "contributo específico" para estes 5 milhões (que se presumem acumulados) da Direcção anterior, da qual esse mesmo Batista fez parte, para mais sendo o responsável pelo pelouro financeiro e homem da confiança do seu primo Rui Fontes.
Se os partidos de oposição tivessem coragem política e não estivessem interessados em ter apartamentos, "de borla", no Dubai (para, por exemplo, se masturbarem junto às próprias árvores de Natal) ... entendiam-se em elaborar e aprovar um Decreto Legislativo Regional que impedisse qualquer instituição (de capitais públicos ou de utilidade pública) de receber apoios públicos se apresentasse, sucessivamente, resultados negativos.
A não ser que o governo contribuísse para esses mesmos resultados; o que obrigaria a um escrutínio parlamentar que daria mais trabalho a uma inactiva (e inepta) comissão parlamentar de economia e finanças.
Assim muita coisa iria endireitar-se por si só.
Até lá este "reino da Dinamarca" - com o reizinho-arguido nu e com a vista para o Dubai, e não para o povo - continua na mesma. Com a bênção do cardeal Cerejinha e do Alice do Palácio de São Lourenço.
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 30 de Novembro de 2024
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