C omo tudo vem ao de cima, mais tarde ou mais cedo, os sinais de que existe corrupção com os fundos PRR começam a vir à luz do dia, aos poucos e com verdadeiros tiros nos pés, de quem muito fala por vaidade e ganância e que depois entala-se por pouca inteligência!
É o caso do Centro Social e Paroquial do Carmo, que mudou de nome para Casa de São José.
O primeiro indício de que esta instituição da Igreja não está de “boa fé” é a mudança de nome. Porque mudaram de nome? Boa pergunta. Com certeza o Senhor Padre, o seu staff e o Instituto de Segurança Social da Madeira deverão saber!
Normalmente muda-se o nome quando se quer limpar a imagem, ocultar episódios obscuros, má gestão. Mas isto é normal apenas no meio empresarial, não nas instituições de caridade!
Na minha modesta opinião, é um factor que nos deverá deixar em alerta.
Qual o próximo passo? Mudar o NIPC? NIPC - Número de Identificação de Pessoa Coletiva, que é o Número Fiscal, mas das empresas!
Ora bem, apesar da mudança de nome, temos a sublinhar que no IDR - Instituto de Desenvolvimento Regional, que gere os fundos europeus, incluindo o PRR, e até o pretérito mês de agosto, os projetos aprovados para esta instituição, é usado ainda o nome de raiz, Centro Social e Paroquial do Carmo.
Vamos ao segundo indício.
A carrinha elétrica recentemente entregue a esta instituição, ao abrigo do PRR, comprada com fundos europeus.
Empresa que ganhou: CS Santos - Mercedes!
Aqui está bem chapado que esta candidatura foi para financiar o amigo CS Santos e com o aval da Segurança Social da Madeira, sua cúmplice.
Passo a explicar esta minha teoria.
No passado dia 16 de setembro, saiu uma reportagem no Diário de Notícias da Madeira com o diretor desta instituição onde o mesmo afirma que a instituição tem várias carrinhas afetas à resposta social Centro de Dia e que estão paradas quase todos os dias o dia todo e que, por isso, empresta-as a outras instituições que precisam e que não têm.
Alguém percebeu até onde eu quero chegar?
A instituição tem várias carrinhas e que em vez de estarem paradas, podiam muito bem ser utilizadas neste projeto dos sem-abrigo!
Com várias carrinhas, que até as empresta a outras instituições, é aprovada mais uma carrinha, com a cumplicidade da Segurança Social que assina por baixo.
Está claro que esta instituição não precisava de mais uma carrinha! E a Segurança Social sabe disso porque tem conhecimento obrigatório que o Centro Social e Paroquial do Carmo tem várias carrinhas. Logo, a Segurança Social é cúmplice e não pode dizer que não sabia!
Em conclusão, esta foi uma forma de usar os pobres, a instituição, para dar dinheiro aos amigos dos carros elétricos que por acaso estão com dificuldade em vendê-los.
Entretanto, sobre esta instituição, que quer substituir o Estado (leiam a reportagem), é imprescindível manter os olhos bem abertos! Quer transformar a instituição numa empresa, usando sempre o estatuto de utilidade pública, para ter benefícios fiscais. Um autêntico banquete de entrada de dinheiro.
E diz que têm gestores contratados! Como permite a Segurança Social da Madeira isto? Como permite a Segurança Social da Madeira que uma instituição contrate gestores passando por cima da Lei? E financia-os? Com o dinheiro público da Segurança Social?
Ou é a Câmara Municipal de Câmara de Lobos que está a passar por cima da Lei?
A mim parece-me que o Padre mais arrogante da Madeira vai ter algumas surpresas pelo caminho, por ter um diretor que é um artista a mando de graúdos da nossa ilha.
Senhor Padre, isto de apenas assinar e rezar não será suficiente para se safar.
Deus não castiga nem com paus, nem com pedras! Você saberá melhor do que eu, o que eu quero dizer! Trave enquanto é tempo. Levará o seu nome e o da Igreja ainda mais para a lama!
Usar os pobres para lucrar é pecado!
Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 2 de Novembro de 2024
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