L uís Montenegro continua a surpreender pela capacidade de estar sem nunca realmente estar. Amanhã (hoje), no Conselho de Estado, onde será debatido o futuro da Madeira, estará presente por videoconferência, uma forma conveniente de evitar confrontos diretos, perguntas incómodas e, claro, Miguel Albuquerque. A câmara pode ficar desligada, o microfone pode “falhar”, e Montenegro cumpre a sua presença simbólica enquanto a realidade continua por resolver.
Mas Montenegro não engana ninguém. Todos percebem o jogo que está a fazer. A dificuldade de conciliar a consciência com o dever perante Albuquerque é evidente. Sempre que se fala do PSD Madeira, o nome de Albuquerque surge como um incómodo – e, para muitos, uma vergonha – enquanto Montenegro se limita a ser uma figura etérea, um líder-fantasma que só aparece quando não é necessário enfrentar olhos nos olhos as questões críticas.
Esta estratégia de desaparecer quando a Madeira está em causa não é nova. Desde aquela noite eleitoral de “insucesso com aparência de vitória”, a relação entre Montenegro e Albuquerque tem sido marcada por distância, silêncio e escapismo. Não é por acaso que, quando surge o nome do PSD Madeira, Albuquerque toma o palco com toda a sua força, enquanto Montenegro mais parece um ilusionista: cria a ilusão de liderança, mas nunca está onde realmente importa.
Fugir da Madeira e de Albuquerque não resolve nada. A cada ausência, Montenegro enfraquece a sua posição como líder do PSD e alimenta a percepção de que não está à altura de enfrentar os verdadeiros desafios. Um partido não se lidera com desculpas nem com aparições fantasmagóricas.
Montenegro, cuidado: Albuquerque pode ser um incómodo, mas evitar o confronto só tornará o embate inevitável ainda mais doloroso. E para a Madeira, que merece muito mais do que um líder-fantasma e um jogo de ilusionismo, a paciência começa a esgotar-se. O país e a Madeira não dormem.
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025
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