Passar a Bola


Q uando o presidente da Mesa da Hotelaria da Associação Comercial e Industrial do Funchal, remete a ‘’Bola’’ para o lado do Sindicato de Hotelaria quer dizer que a sua ‘’escola alemã’’, faz escola por cá. Num Lobby com muita e poderosa força, económica e política, a Associação dos Donos Disto Tudo, trata o Turismo da Madeira, ao nível dos Recursos Humanos, como um regime de Colonia. 

Nesta parte da Europa, a sul e no meio do mar, os Direitos são abafados na Política, com a ajuda preciosa do Bispo, no Trabalho e na fraca e dependente, Comunicação Social. Nesta última, os números das ‘’aterragens’’ e o REV/PAR dos quartos de hotel são bombardeados diariamente como se fossem um fator de vida, um milagre, um prémio, ou até o Céu (para quem acredita!).

Trabalho precário, mal remunerado, turnos atrás de turnos, saltando dias de folga ou, trocando direitos consagrados na Lei Portuguesa e da União Europeia, por um renovar de contrato. Numa espécie de ‘’Sieg Heil’’, ‘’Gestapiano’’, este sector da economia regional não é humano. 

Pergunta e bem, o sindicalista da hotelaria, num jornal local, «Porque não vêm para cá trabalhadores da Inglaterra, França e Alemanha?» Pois. A resposta é simples: O ordenado e os Direitos Laborais Europeus. Se nos gabamos muito de pertencer à Europa, na hora de trabalhar, em particular nesta área (a formação local é muito boa - Escola de Hotelaria da Madeira, entre outras escolas profissionais madeirenses, com outras formações), o que é que temos? Ora, nem ordenado nem Direitos consagrados. 

Direitos de Factum e não, o emaranhado dos Contratos Individuais, que põem a claro as penalizações se o trabalhador quiser sair da escravatura laboral. Nada disto tem a ver com a esquerda, o comunismo ou outra ideologia. É por isso também que, os nossos jovens saem, precisamente para países europeus onde estar sindicalizado é um Direito do Trabalhador como pertencer a uma Associação Patronal é um Direito do Empresário. A sociedade civil funciona com negociação entre as partes. 

Não vale a pena referir os imigrantes, que aqui aportaram, de outras culturas e línguas tão distantes…do Inglês!!!! Estes vão assumindo funções menores, alguns postos e cargos mas não estão formados, nem formatados, na área. São os madeirenses que lá trabalham, explorados há 10, 20 ou 30 anos que lhes explicam as funções e tarefas, durante o seu turno de trabalho. Por vezes, fazem o seu trabalho e retificam o do colega….oriental!!! Desde que o patrão e o cliente fiquem satisfeitos, o que custa dar uma ajudinha?!

As ‘’Serlimas e Companhias Lda’’, entre outras, com códigos duvidosos, domiciliação extracomunitária, têm exércitos de ‘’robots humanos’’ prontos para ocupar vagas temporárias, dando a sensação que a Hotelaria da Madeira não precisa de mão-de-obra local, madeirense.

Uma palavra de apreço para os poucos empresários, humanistas e visionários na gestão dos seus Recursos Humanos. 

Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 3 de Janeiro de 2025
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