A política madeirense é um espetáculo digno de ser acompanhado com pipocas e um sumo de maracujá. Desta vez, a novela envolve uma conta penhorada da Câmara do Funchal e um jogo olímpico de passar a batata quente. E a protagonista deste episódio? Cristina Pedra, que, ao que parece, tem um talento especial para a arte da desresponsabilização.
Então, vejamos: a conta foi penhorada, um detalhe insignificante na gestão de uma autarquia, claro. Nada de mais! Coisa pouca! Poderia acontecer a qualquer um, não é? Quem nunca abriu a app do banco e levou um susto ao ver que, afinal, os fundos decidiram tirar umas férias sem aviso prévio?
Mas não se preocupem, porque Cristina Pedra já tratou de esclarecer tudo. A culpa? Não é dela! Aliás, ela nem sequer estava a olhar! O que prova, mais uma vez, que o verdadeiro problema em Portugal não é a falta de transparência, mas sim a teimosia das coisas em acontecerem sem autorização prévia dos seus responsáveis.
Perante o escândalo, a solução foi simples: em vez de assumir responsabilidades como uma adulta que ocupa um cargo público, Cristina Pedra preferiu adotar a estratégia clássica do "ai que injustiça!". Mal surgiu a notícia, lá estava ela a correr para a comunicação social, já de lenço na mão, pronta para se vitimizar. "Porquê eu?!" — deve ter pensado, enquanto tentava convencer a opinião pública de que a única vítima nesta história era… ela própria.
E assim, o enredo seguiu o guião habitual: primeiro, o choque. Depois, a indignação teatral. E, por fim, o já tradicional "isto é uma cabala política!". Porque, obviamente, quando uma conta da autarquia é penhorada, a explicação mais lógica nunca é incompetência, ou alegada corrupção, mas sim uma conspiração de forças ocultas decididas a destruir carreiras brilhantes.
E no meio disto tudo, a única certeza é que a culpa morreu solteira, sem herdeiros e, aparentemente, sem saldo bancário.
Agora resta-nos esperar pelo próximo episódio desta emocionante série. Quem sabe? Talvez, na próxima temporada, descubramos que afinal a culpa era do Wi-Fi da Câmara, que estava lento no dia da transferência.
Enviado por Denúncia Anónima
Sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
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