A oposição deve garantir fiscalização rigorosa das mesas eleitorais na Madeira


Os votos vão eclodir a 23 de março.

A pré-campanha já tem exageros nunca vistos.

A s próximas eleições para a Região Autónoma da Madeira serão decisivas para o futuro político da ilha. No entanto, a história das disputas eleitorais madeirenses tem mostrado que a oposição frequentemente falha num ponto crucial: a fiscalização das mesas de voto. Sem um controlo rigoroso, o risco de manipulação e irregularidades é elevado, o que pode comprometer a lisura do processo eleitoral.

A Importância do Controlo das Mesas

As eleições não são decididas apenas nas urnas, mas também no funcionamento das mesas eleitorais. A oposição tem que se organizar para garantir que todas as mesas de voto tenham representantes atentos e preparados. Se houver negligência nesse aspecto, os partidos dominantes irão tirar proveito da situação, como tem acontecido ao longo de quase 50 anos.

A presença de fiscais e delegados bem instruídos é fundamental para prevenir fraudes, garantir a correta contagem dos votos e assegurar que todo o processo decorra de forma transparente.

A Estratégia Necessária

Para cobrir todas as mesas, os partidos da oposição devem trabalhar em conjunto. Se um partido não tiver militantes suficientes, deve contar com o apoio de outros partidos de oposição. Por exemplo, se uma mesa tiver um fiscal do JPP, o PS pode dispensar o seu, e vice-versa. Dessa forma, é possível otimizar os recursos e garantir que todas as mesas estejam cobertas.

Caso haja dificuldades para recrutar fiscais suficientes na região, uma solução é trazer militantes do continente para auxiliar na fiscalização. Isto garantiria um reforço significativo, especialmente nas zonas onde historicamente há maior risco de manipulação.

Além disso, é essencial que cada mesa tenha pelo menos dois fiscais da oposição escalados, permitindo que um esteja sempre presente enquanto o outro descansa. Assim, evita-se a ausência momentânea de fiscalização, que pode ser explorada para eventuais irregularidades.

Atenção Redobrada nas Mesas Críticas

As mesas de voto localizadas em zonas conhecidas pela presença de caciques políticos merecem uma atenção especial. Nesses locais, a oposição deve designar fiscais experientes e altamente atentos, prontos para identificar e denunciar qualquer tentativa de manipulação.

Os partidos também devem garantir que os seus fiscais tenham formação adequada, compreendam bem as regras do processo eleitoral e saibam como agir diante de qualquer irregularidade. A fiscalização eficiente não é apenas um direito, mas um dever para garantir que a vontade do povo seja respeitada.

Conclusão

A oposição madeirense não pode cometer o erro de subestimar a importância da fiscalização das mesas eleitorais. Se não houver um esforço coordenado para cobrir todas as mesas com fiscais atentos e preparados, o risco de irregularidades será grande, podendo comprometer o resultado das eleições.

Estas são eleições decisivas para a Madeira, e a oposição tem que jogar forte na fiscalização das mesas. Caso contrário, será, mais uma vez, "comida" por um sistema que tem sido aperfeiçoado ao longo de décadas para se perpetuar no poder.

Enviado por Denúncia Anónima
Sábado, 22 de fevereiro de 2025
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