Li um dia destes aqui no Correio da Madeira que Sérgio Gonçalves tinha fundado uma empresa em 2019, de acordo com a sua declaração de rendimentos disponível no site do Parlamento Europeu:
Fui procurar mais informação, que disponibilizo aqui:
Ora bem, vejamos então que história é esta.
Então quer dizer que Sérgio Gonçalves, eleito deputado regional em setembro de 2019 e tendo tomado posse em outubro desse ano, fundou uma empresa no dia 14 de novembro, chamada Never Before, e logo num mês recebeu a módica quantia de 10.000. Quem pagou por este serviço supersónico a Sérgio Gonçalves? E que serviço milionário foi este, que custou 10 mil euros num só mês?!
Sérgio Gonçalves é o gerente e único sócio da empresa, que não tem colaboradores, mas teve a seguinte faturação:
- 2019: 10.000€
- 2020: 29.400€ [ou seja, ganhou quase mais na empresa do que como deputado da ALRAM (2.200€ por mês)]
- 2021: 24.200€
- 2022: 9.500€
- 2023: 1.250€
Reparem nas coincidências:
- Sérgio Gonçalves torna-se deputado do PS em outubro de 2019.
- Funda uma empresa em novembro de 2019.
- Enquanto se mantém apenas como deputado, acumula salários anuais milionários nessa empresa (10 + 30 + 24 mil euros por ano).
- Quando passa a Presidente do PS, em 2022, abdica desse rendimento quase na totalidade, primeiro reduzindo para 9.500€ e depois para 1.250€, ao ponto da empresa dar prejuízo em 2022 e 2023. Dúvida: porquê? Será que deixou de passar facturas ao PS Madeira e a pagar diretamente as suas despesas através das contas do partido?
- Se não era o PS que lhe pagava, então quem era? Que serviços prestava esta empresa, que não tem um único colaborador registado, nem despesas com pessoal, mas facturava mais por ano do que muitas pequenas e médias empresas da nossa região?
Numa altura em que o país está chocado com o financiamento duvidoso a Montenegro, eis que afinal a Madeira também tem o seu próprio caso e à sua dimensão.
Depois da troca de favores a Paulo Cafôfo, em que contratou a sua mulher para assessora no Parlamento Europeu, fica tudo mais claro sobre as origens dos favores de um a outro e vice-versa.
Alguém compensou a perda de rendimentos de Sérgio Gonçalves entre 2019 e 2023? A pergunta que se impõe é: quem e a troco de quê? Essa é a pergunta que se impõe investigar! Será que os nossos jornalistas vão investigar, ou ficar calados perante o ex-funcionário do dono de um dos jornais da Madeira?
Enviado por Denúncia Anónima
Quinta-feira, 13 de março de 2025
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