T odos nós sabemos que, na Madeira, há cargos públicos que são autênticos prémios de um jogo de favores. No Serviço Regional de Saúde da RAM (SESARAM), bem como noutros setores estratégicos, há nomeações que fazem levantar sobrancelhas e levar-nos a questionar se quem assume esses lugares está lá pelo mérito ou apenas por fazer parte do círculo certo.
Se o critério fosse competência, talvez os hospitais não estivessem no caos, as listas de espera não fossem intermináveis e não houvesse falta de medicamentos.
Nos corredores do hospital, perante as gritantes faltas de material e medicamentos, ouve-se frequentemente o refrão do Seu Jorge: “Ela é amiga da minha mulher…”. E quando vemos os resultados dessa gestão, outra música vem à cabeça – desta vez, uma de Gabriel o Pensador.
No final de tudo isto, as pessoas desesperam nos corredores do hospital, a saúde colapsa e ninguém assume responsabilidades. As nomeações baseadas em amizades e favores perpetuam um sistema onde o interesse público vem sempre depois das conveniências políticas.
O problema da Madeira não é falta de profissionais qualificados. O problema é um governo que continua a tratar cargos públicos como troféus para os seus. E, enquanto isso não mudar, a população vai continuar a ouvir nos hospitais o lamento de quem sofre as consequências de uma gestão baseada em relações pessoais – e não em competência.
Enviado por Denúncia Anónima
Quarta-feira, 12 de março de 2025
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